sábado, 11 de setembro de 2010

Conjugação verbal: O verbo "vir" e derivados

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Você diria

"A polícia interviu" ou
"A polícia interveio"?

O forma correta é "A polícia interveio". O verbo "intervir" deriva do verbo "vir". No presente do indicativo a conjugação do verbo "vir" é:

Eu venho
Tu vens
Ele vem...

Como o verbo "intervir" é derivado, sua conjugação é feita a partir do verbo "vir".

Eu intervenho
Tu intervéns
Ele intervém...

O gramático e professor Napoleão Mendes de Almeida reforça a tese afirmando: "A conjugação dos verbos compostos deve seguir a conjugação dos verbos simples". Esse é o caso do verbo "deter", que procede de "ter". A pessoa não deve dizer "Ele "deteu", mas "ele deteve"

Assim, deve-se dizer:

"Se a polícia intervier" (como "vier"), e não "se a polícia intervir".
"Eu só comprarei se o preço convier", e não "se o preço "convir".
"Eu comprei porque o preço conveio", e não "porque o preço "conviu".

Para conjugar verbos como "intervir", "convir", "provir", etc., devemos nos basear sempre no verbo "vir". Ele é a base de toda a família.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Conjugação verbal: O verbo "ter" e derivados

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



É difícil alguém errar a conjugação do verbo "ter", tanto no presente, no passado ou no futuro. Mas, quando se trata de conjugar os verbos derivados de "ter", os verbos compostos, já não há tanta facilidade. Na rua as pessoas comprovam isso. Foi proposta a seguinte questão:
Quais as formas corretas?

"Se a máquina reter o cartão" ou...
" Se a máquina retiver o cartão"?

A maioria errou. A resposta correta seria

"Se a máquina retiver o cartão".

O verbo "reter" é um dos tantos filhos da família do verbo "ter": "deter", "reter", "entreter", "obter", "conter", "abster" etc.
Logo:

eu tenho
eu retenho
eu mantenho
eu detenho
eu obtenho
eu contenho

No futuro do subjuntivo é a mesma coisa: "Quando eu tiver", "Se o goleiro tiver sorte". E não "Quando eu "ter" ", "Se o goleiro "ter" sorte." Assim,

Se a máquina retiver o cartão
Se você mantiver a calma
Se a mãe entretiver a criança
Se os deputados se abstiverem de votar

Para a conjugação dos verbos derivados do verbo "ter" o raciocínio é simples. Apóie-se no verbo "ter", na primeira pessoa do singular do presente do indicativo: Eu tenho.

Eu detenho, eu mantenho etc...

Depois é só seguir essa linha de conjugação.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Conjugação Verbal: Grafia dos verbos "querer" e "por"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Eu pus a carta no correio.
A ferida não cicatrizou e ainda tem pus.

Como escrevemos o "pus" do verbo pôr e o "pus" relativo a ferida?

Fizemos essas perguntas às pessoas na rua. A maioria acertou. O "pus" da ferida é com "s; o"pus" do verbo, também.


Não existe "pus" com "z", seja verbo seja substantivo. Para esses casos deve-se esquecer a letra "s".

Pus, puser, puseram, pusesse

Todas essas palavras são com "s".

Quis, quiser, quisesse, quiseram, quisemos
depuseram, propuseram, impuseram, repuseram, sobrepuseram, decompuseram

Todas as formas dos verbos "querer", "pôr" e derivados devem ser grafados também com "s".

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Aspecto Verbal: tempo presente e tempo futuro

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Quando uma pessoa diz "Tomo banho todos os dias", será que naquele exato momento ela está tomando banho? Não. O verbo está no presente, mas sua função é indicar um fato que se repete, um presente habitual.

Numa aula de história o professor fala: "Então, nesse dia, Napoleão invade ..."
A forma verbal "invade", que é presente, não indica que naquele momento Napoleão está invadindo algum lugar. Na frase, o tempo presente do verbo "invadir" faz remissão a um fato que ocorreu no passado e traz esse passado mais para perto.

Concluímos, então, que os tempos verbais têm outros valores além dos específicos.

Tomemos o futuro do presente como ele aparece nos "Dez mandamentos" bíblicos:

Amarás a Deus sobre todas as coisas
Não tomarás seu santo nome em vão
Guardarás os domingos e feriados
Honrarás pai e mãe
Não matarás
Não pecarás contra a castidade
Não furtarás ....

"Não furtarás", ao pé da letra, significaria que é proibido furtar no futuro, apenas no futuro, o que abre a possibilidade de entender que o ato é perfeitamente aceitável no presente. Mas, na verdade, "não furtarás", que é futuro, tem nesse caso o valor de imperativo e, como tal, indica que é proibido furtar em qualquer tempo.

Ao analisar um tempo verbal não se esqueça de considerar que ele pode indicar seu valor específico ou um valor paralelo (aspecto verbal), ou seja, um valor decorrente de seu uso no idioma.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Substantivos abstratos: Ciúme, Saúdade

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Todo mundo um dia estudou a diferença entre substantivos concretos e substantivos abstratos, embora nem sempre essa diferença tenha ficado clara.

Um apelo que deve ser feito de modo genérico aos professores de português: evitem ensinar aos alunos que substantivo concreto é aquele "que se pode pegar" e que substantivo abstrato é aquele "que não se pode pegar". Isso não é de nenhum modo preciso.

Substantivos concretos designam os seres de existência independente, reais ou imaginários. Os substantivos abstratos são aqueles que dão nome a estados, qualidades, sentimentos ou ações. O ato de quebrar é "quebra". O ato de participar é "participação". O ato de vender é "venda", e assim por diante. Todos esses substantivos são abstratos. Como diz Gilberto Gil na música "Rebento":

Rebento, substantivo abstrato....

Por que abstrato? Porque "rebento" é o ato de rebentar. Nomes de sentimento, como "amor", de estado, como "gravidez", e de qualidade, como "inteligência", também são substantivos abstratos.

Existe uma polêmica quanto ao plural dos substantivos abstratos: existe o plural dessas palavras?

Cada caso é um caso. Você faria o plural de "raiva", por exemplo? Ou de "inveja"? São palavras que soam esquisitas no plural, mas isso não estabelece uma regra. Vejamos um exemplo com a palavra "ciúme". Observe a letra da canção "Olhos nos olhos", gravada por Maria Bethânia:

...Quando você me deixou,
meu bem,
me disse pra eu ser feliz
e passar bem.
Quis morrer de ciúme,
quase enlouqueci
mas depois, como era
de costume, obedeci...

Você notou, a certa altura, o verso "quis morrer de ciúme". Muitas pessoas dizem "ciúmes". Não há nada errado com essa forma, mas é preciso escolher: dizemos ou "o ciúme" ou "os ciúmes". Nunca "o ciúmes". Na verdade, a forma singular - "o ciúme" - é preferencial, já que em tese o substantivo abstrato não se pluraliza, ao menos na maioria dos casos. Vejamos outro caso, agora tomando como exemplo a canção "Você pra mim", gravada por Fernanda Abreu:

Às vezes passo dias inteiros
imaginando e pensando em você
e eu fico com tantas saudades
que até parece que eu posso morrer.
Pode acreditar em mim.
Você me olha, eu digo sim
...

A exemplo do que acontece com "ciúme", não são poucas as pessoas que dizem "estou com uma saudades de você". Ora, é necessário sempre fazer concordar o substantivo com seu determinante. Se o substantivo vai para o plural, o pronome ou o artigo devem ir também.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Uniformidade de tratamento: Os pronomes "te" e "lhe"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Na linguagem do dia-a-dia é muito comum o uso de pronomes de pessoas diferentes.

Você fez o que eu te pedi?

Na linguagem formal isso não seria posssível."Você" é 3ª pessoa, "te" é 2ª pessoa. O correto seria dizer:

Você fez o que eu lhe pedi?

Às vezes o exagero é maior. Veja o exemplo no nome da música "Eu te amo você", de Kiko Zambianchi.

São dois os problemas nesse título: a mescla de "te", que é pessoa, e de "você", que é pessoa. Ocorre também uma repetição desnecessária de pronomes: "Eu te amo você".

É perfeitamente possível dizer "Eu te amo a ti", já que os pronomes estão na mesma pessoa. No dia-a-dia ouve-se também "Eu te disse pra você". O correto seria "Eu te disse a ti". Mas é uma forma inadequada para o padrão informal. Ficaria melhor numa linguagem mais formal.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Inscrições para Enem vai até Sexta

do Universo Educação

O Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) decidiram prorrogar até o próximo dia 16 de julho as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010, que terminariam nesta sexta. Os alunos que desejam realizar a prova devem preencher o formulário disponível exclusivamente no site do Inep. As provas serão aplicadas nos dias 6 e 7 de novembro e o resultado será divulgado em janeiro de 2011.

Na hora da inscrição, o Inep solicita que o candidato forneça o número do CPF próprio – e não o de um responsável. Na terça-feira, porém, o juiz Bruno Otero Nery, da 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro, suspendeu a exigência feita pelo Inep ao entender que parte dos inscritos no Enem está na faixa etária entre 15 e 17 anos e não tem obrigação constitucional de ter um CPF.




Na quarta-feira, o Ministério da Educação (MEC) recorreu da sentença e uma decisão final deve ser anunciada ainda hoje. Como no ano passado o ministério também foi alvo de uma liminar com o mesmo teor - a qual foi cassada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região - a recomendação é que os estudantes continuem fazendo suas inscrições com CPF próprio.

Prova – Além das disciplinas tradicionalmente cobradas no Enem, os candidatos deste ano enfrentarão uma novidade: a prova de língua estrangeira (inglês ou espanhol, de acordo com a escolha do candidato). Como nos anos anteriores, as provas também serão aplicadas nos presídios, em datas diferentes. Na hora da inscrição, é cobrada a mesma taxa de inscrição das edições passadas: 35 reais. Os alunos de escolas públicas são isentos.

Além daqueles que concluíram ou estão concluindo o ensino médio, também poderão participar do exame adultos que estejam pleiteando certificação nesta etapa de ensino. Ou seja, pessoas que não cursaram ou não concluíram o ensino médio e atingirem a pontuação mínima exigida – 400 pontos em cada uma das quatro áreas de conhecimento e 500 pontos na redação –, receberão seu certificado de conclusão.

Universidades – Pouco depois da divulgação da data das provas do Enem 2010, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) informaram que não utilizarão a nota do exame para compor o resultado de seus vestibulares neste ano. De acordo com as duas instituições, a incompatibilidade de calendários foi o fator determinante para a decisão. Elas, no entanto, não descartam a utilização do Enem nos próximos anos.

Já a Universidade de Brasília (UnB) decidiu usar pela primeira vez as notas do Enem em seus processos seletivos. A partir de 2011, as vagas que não forem preenchidas após todas as chamadas feitas pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS) e pelo vestibular tradicional serão ocupadas por candidatos que apresentarem bons resultados no exame.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Escola com pior ideb de São Paulo, acredita em erro do MEC

do Universo Educação

A escola Helena Borsetti do distrito São Lourenço do Turvo, em Matão, teve o pior desempenho de todo o Estado de São Paulo no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Apesar disso, diretoria, pais e alunos não concordam com o resultado e acreditam em um erro do Ministério da Educação.

Alunos e pais ficaram inconformados com o resultado de 2,2. Para eles, o péssimo resultado fere outros. Em 2005, os estudantes foram considerados na mesma prova os melhores do estado e do país.

No ano passado, quando fizeram a prova, os alunos estranharam o grau de facilidade da prova. As questões que eram para ser respondidas em duas horas foram finalizadas em 30 minutos. A diretora da escola, Milena Ferreira, diz que houve um erro na prova e no gabarito de repostas. “A prova era de 4ª série, mas os gabaritos e a folha de presença dos alunos era de 8ª”, disse.

Na época, a professora Rosalina do Nascimento era responsável por aplicar a prova e acompanhar os alunos. Ela diz que alertou sobre o problema. “Fizemos uma ata relatando tudo. Embrulhamos essa prova e escrevemos cancelada em cima”, explicou.

A diretora do Departamento de Educação, Claudionice Bellintani, disse que entrará em contato com o Ministério da Educação (Mec) para saber quais providências serão tomadas a respeito do caso.

O MEC informou que assim que os resultados forem publicados no Diário Oficial da União, o que deve acontecer nesta semana, as redes de ensino terão até 30 dias para pedir a correção dos dados.

Uniformidade de tratamento: O pronome "tu"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Na linguagem do dia-a-dia, no Brasil, é comum a mistura de pronomes da 2ª pessoa com pronomes da 3ª pessoa, como "você" (que é pronome da 3ª pessoa) e "te" ou "teu" (que são pronomes da 2ª pessoa).

Exemplo:

Você se enfiou onde, meu Deus? Eu te procurei, mas não te achei.

O padrão formal da língua exige a uniformidade de tratamento: todos os pronomes devem ser da 2ª pessoa, ou todos os pronomes devem ser da 3ª pessoa. Assim, o correto seria:

Tu te enfiaste onde? Onde tu te enfiaste? Eu te procurei, mas não te encontrei.
Você se enfiou onde, meu Deus? Eu o procurei, mas não o encontrei.

Há uma canção cantada por Dick Farney, "Copacabana", que é um primor quanto à uniformidade de tratamento:

Existem praias tão lindas, cheias de luz
Nenhuma tem o encanto que tu possuis
Tuas areias, teu céu tão lindo
Tuas sereias sempre sorrindo, sempre sorrindo.
Copacabana, princesinha do mar
Pelas manhãs tu és a vida a cantar
E à tardinha o sol poente
Deixa sempre uma saudade na gente.
Copacabana, o mar, eterno cantor
Ao te beijar ficou perdido de amor.
E hoje vivo a murmurar.
a ti, Copacabana, eu hei de amar.

Todo o texto foi escrito na 2ª pessoa do singular. "Tu", pronome da 2ª pessoa, os possesivos e os oblíquos todos na 2ª pessoa e também os verbos conjugados adequadamente:

Tuas areias, teu céu tão lindo...
Só a ti, Copacabana...
Tu és a vida a cantar
Tu possuis...


A uniformidade de tratamento é necessária na linguagem formal. Na linguagem coloquial, procede-se de maneira diferente.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nos jogos da copa, Escolas vão dispensar o uso de uniforme

do Universo Educação

Escolas particulares vão permitir que os alunos vistam camiseta verde e amarela e acessórios em comemoração à Copa do Mundo, em vez dos uniformes, para torcer pelo Brasil. Na maioria dos colégios privados, o uso do uniforme é obrigatório.

Nos colégios Dante Alighieri e Franciscano Pio XII, em São Paulo, a dispensa da obrigatoriedade vai ocorrer somente no momento dos jogos. Nas unidades, haverá telões para que funcionários e estudantes assistam às partidas.

O diretor-geral pedagógico do Colégio Dante Alighieri, Lauro Spaggiari, disse que é interessante que os alunos vivam o momento da Copa. “Em eventos anteriores permitimos o uso de camisetas da seleção durante os jogos. Foi muito interessante exibir os jogos no colégio. A repercussão é boa e as famílias gostam.”

Já nas escolas de todo o país conveniadas com o Colégio Dom Bosco, o uso do traje em homenagem à Copa está liberado durante todo o mundial. A instituição desenvolveu uma camiseta verde e amarela exclusiva para que os alunos usem neste período. Para a diretora, Lucélia Secco, é importante reforçar a relação dos brasileiros com os esportes, por meio das cores na qual o Brasil é reconhecido no mundo todo.

No Colégio Bandeirantes, em São Paulo, o uniforme é exigido somente nas aulas de educação física. Nas demais atividades, os estudantes podem usam outras roupas, inclusive, camisetas de times de futebol, segundo o coordenador do vestibular, Osmar Antonio Ferraz.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particulares no Estado de São Paulo, José Augusto de Mattos Lourenço, disse que as escolas têm liberdade para flexibilizarem ou não o uso dos uniformes. “O ideal é haver uma conversa com a direção da escola para evitar conflitos. Mas, nestes períodos, o nacionalismo impera e é importante que os colégios aproveitem o momento para incentivar os alunos.”

Redes municipal e estadual

Nas redes de ensino municipal e estadual do estado de São Paulo, o uso de uniformes não é obrigatório. As assessorias de imprensa das duas secretarias afirmaram que nenhum estudante será barrado na porta da escola, caso apareça com roupa verde e amarela na hora da aula.

Pronomes: Uso culto e uso popular "Eu vi ela"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Dois amigos conversam:

Amigo 1: "Faz tempo que não vejo ela".
Amigo 2: "Pois eu vi ela ontem à noite".

Há quem brinque com esse tipo de construção da frase: "Eu vi ela, tu rua, ele avenida"...
No português falado do Brasil, na língua do dia-a-dia, o pronome reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) assumiu definitivamente o papel de complemento verbal. Nós dizemos, no dia-a-dia, "faz tempo que não vejo ele", "eu vou encontrar ela amanhã" e por aí vai. Isso não está no padrão formal da língua portuguesa. O correto seria:

Faz tempo que eu não o vejo.
Eu devo encontrá-la amanhã.

No padrão formal, frases como "Faz tempo que não vejo ele" não são aceitas de jeito nenhum, mas são tão usadas que acabam se tornando uma tendência em outros ambientes lingüísticos.

Vamos a um exemplo, a canção "O astronauta de mármore", gravada pelo grupo Nenhum de Nós:

... Sempre estar lá e ver ele voltar
não era mais o mesmo, mas estava em seu lugar
sempre estar lá e ver ele voltar
o tolo teme a noite como a noite vai temer o fogo
vou chorar sem medo
vou lembrar do tempo
de onde eu via o mundo azul...

Você notou o uso, por duas vezes, da expressão "ver ele voltar". O correto, pelo padrão culto, seria "vê-lo voltar". Essa discussão nunca vai ter fim. Na fala do dia-a-dia, no Brasil, esse uso errado já está sacramentado. Mesmo assim, coloque o pronome corretamente ao redigir um texto formal.

terça-feira, 8 de junho de 2010

PUC-Rio abre inscrições para Vestibular de Inverno

do Universo Educação

As inscrições para o Vestibular de Inverno 2010 da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) foram abertas e seguem até 18 de junho. Os candidatos devem se inscrever pelo site
www.puc-rio.br. A taxa, de R$ 120, poderá ser paga em qualquer banco.

Neste vestibular, são oferecidas 267 vagas, distribuídas nos cursos diurnos de Artes Cênicas, Ciência da Computação, Ciências Sociais, Design – Mídia Digital, Design – Moda, Filosofia, Geografia e Meio Ambiente, História, Letras, Pedagogia, Sistemas de Informação e Teologia e Administração (vespertino).

Os candidatos aos cursos de Ciência da Computação e de Sistemas de Informação se inscrevem para o Núcleo Básico de Computação. A opção por um desses dois cursos deverá ser feita a partir do segundo semestre cursado.

As provas serão realizadas no dia 4 de julho. Os candidatos ao curso de Teologia farão também uma prova específica no dia 3 de julho.

Pronomes de tratamento: Vossa Excelência

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



O tema deste módulo são os pronomes de tratamento, usados normalmente em situações de cerimônia: Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Alteza etc.

Quando o presidente fala em cadeia nacional, o locutor diz "Vamos ouvir a palavra do Excelentíssimo Senhor Presidente da República...".

O presidente é Excelência. Usa-se esse pronome de tratamento para todas as autoridades constituídas, do vereador ao presidente.

É oportuno aqui tocar numa dúvida comum em relação aos pronomes de tratamento: quando usar "Vossa" e "Sua"? Ao falarmos diretamente com a pessoa, devemos usar "Vossa"; quando estivermos falando da pessoa, usaremos "Sua".

Aproveitando o exemplo acima: o locutor da Agência Nacional anunciaria aos brasileiros "Sua Excelência, o Presidente da República ...". No caso, o locutor estaria falando do Presidente.Se estivesse falando com o presidente, o correto seria " Vossa Excelência...".

Outra confusão corrente é quanto ao uso do possessivo. Qual das duas formas a seguir seria correta:

Vossa Senhoria deve expor seu projeto
ou
Vossa Senhoria deve expor vosso projeto?

A Nossa editoria fez essa pergunta às pessoas na rua. A maioria respondeu "... expor vosso projeto". A maioria, portanto, errou.Vossa Senhoria é pronome de tratamento e pertence sempre à 3ª pessoa. "Vosso" seria correto se estivesse combinado a "vós".

Ex: Vós deveis apresentar vosso projeto.

Há uma dica para facilitar a compreensão. Pense na palavra "você", que também é pronome de tratamento da 3ª pessoa.Como você diria:

Você deve expor seu pensamento
ou
Você deve expor vosso pensamento?

A alternativa correta é a primeira.
Se "Vossa Senhoria" ou "Vossa Excelência" são de 3ª pessoa, usamos "seu" projeto ou "seu" pensamento.

Caso você encontrasse o Presidente da República, perguntaria a ele: "Vossa Excelência recebeu a carta que lhe enviei" ou "Vossa Excelência recebeu a carta que vos enviei"?

O correto seria "a carta que lhe enviei". Eu enviei ao Senhor, a Vossa Excelência, a você e, portanto, "lhe enviei".

Os pronomes de tratamento sempre estão relacionados à 3ª pessoa.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Lei obriga toda escola a ter uma Biblioteca

do Universo Educação

Um lei publicada na edição "Diário Oficial da União" obriga todas instituições públicas e privadas de ensino do país a terem uma biblioteca, cabendo às escolas adaptar o acervo conforme as necessidades e promover a divulgação, preservação e o funcionamento dos espaços.

A Lei 1.244/2010 determina ainda que toda escola tenha um acervo de pelo menos um livro por aluno matriculado.

As escolas terão até dez anos para instalar os espaços destinados aos livros, material videográfico, documentos para consulta, pesquisa e leitura.

"Sob", "sobre"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



"Sob nova direção". Lemos comumente essa frase em faixas de postos, bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. Algumas vezes o que está escrito, no entanto, é: "Sobre nova direção". E agora?

Nós fomos às ruas perguntar qual a forma correta:

"O posto está sob nova direção ou sobre nova direção?"

O resultado foi animador: das seis pessoas entrevistadas, cinco acertaram. Responderam "O posto está sob nova direção".

Sob = embaixo
Sobre = em cima

Se você coloca o livro sobre a mesa, você está colocando o livro em cima da mesa. Se você coloca o livro sob a mesa, ele, então, ficará embaixo da mesa. "Sob" e "sobre", portanto, têm significados opostos.

Vejamos uma canção em que essas preposições aparecem. Chama-se "A mesma praça", de Paulo Miklos:

Sou do chão negro asfalto
da avenida São João
Sob o escuro manto fumaça
sombra do minhocão
Sob o céu cinzento de
São Paulo insano e mau
Brasileiro cuspido dos canhões
na Hungria cigano e bárbaro
bastardo dos portugueses
mouro feroz e bárbaro
desorientado dos beijos de
línguas e lugares embaralhados
Da rua Apa quando desaba
a Barra Funda dos prostíbulos
de toneladas de poeira e fuligem
sobre a poesia
Judeu de disfarce católico
ateu crente no candomblé
de todas as fugas e enfrentamentos
continuo de pé.

Paulo Miklos utiliza as duas expressões com consciência, e a diferença fica bem clara. É simples, não? Basta apenas um pouco de atenção para não confundir as duas palavras.

Ordinais, cardinais: "Essa mulher é dez"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Na vida escolar, todos nós um dia aprendemos os numerais, aquela classe de palavras que trata dos números. "Um, dois, três..." são os cardinais, que indicam quantidade. "Primeiro, segundo, terceiro..." são os ordinais, que indicam ordem. Depois temos "dobro, triplo, quádruplo...", que são os multiplicativos. Temos ainda "um meio, um terço, um quarto...", que são os fracionários.

Os numerais podem adquirir maior expressividade quando assumem outras funções gramaticais.

Vamos a um trecho da canção "Corações a mil", gravada pela cantora Marina Lima:

Minhas ambições são dez
dez corações de uma vez
pra eu poder me apaixonar
dez vezes a cada dia
setenta a cada semana
trezentas a cada mês...

A letra diz: "Essa mulher é dez". Por que "dez"? Porque vem de "nota dez", a nota máxima. O numeral deixa de ter valor numérico e passa a ter valor de adjetivo.

No verso "minhas ambições são dez", podemos ter um duplo sentido. Elas são "dez" porque são maravilhosas, são valiosas. Ou são mesmo dez ambições.

Em seguida, Gilberto Gil (autor da letra) começa a fazer contas na letra da música: se são dez vezes por dia, são setenta em uma semana e trezentas em um mês. É mesmo um modo criativo de utilizar os numerais, reforçando o exagero para mostrar a força da idéia. A começar pela letra da música, "Corações a mil". Nós usamos muito essa expressão, "hoje estou a mil", ou seja, "estou a mil por hora", "estou com o gás todo."

Lula sansiona lei de sala aula em presidios

do Universo Educação

Uma lei publicada no Diário Oficial da União autoriza a instalação de salas de aula em presídios. A norma sancionada pelo presidente Lula altera a chamada Lei de Execução Penal (7.210/1984) para permitir que sejam instaladas salas destinadas à realização de cursos do ensino básico e profissionalizante.

A mudança foi proposta no Projeto de Lei 217/06, do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Segundo o senador, o preso brasileiro não pode ser privado do direito básico à educação. Na justificativa da proposta, o ex-ministro da Educação do governo Lula diz que a construção das salas de aula são um primeiro passo para combater o analfabetismo no sistema carcerário. Mas ressalta que o esforço não pode parar por aí.

Em MG, Professores da rede estadual de ensino suspendem greve por 48 dias

do Universo Educação

Os servidores estaduais da educação de Minas Gerais decidiram suspender, a greve que começou no dia 8 de abril. De acordo com a assessoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), a decisão passa a vigorar a partir do momento em que a Secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, assinar o termo de acordo criado na reunião dessa segunda-feira.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) tinha deferido o pedido feito pelo estado e autorizou a adoção de medidas que considerar necessárias para que seja normalizada a prestação do serviço público de educação.

Representantes do governo do estado e diretores do Sind-UTE se reuniram na Assembleia Legislativa e criaram um documento para colocar fim à greve. Entre os pontos do termo estão a realização de um estudo para incorporar vantagens e gratificações ao salário base dos servidores e o pagamento dos dias parados em uma folha complementar que será emitida no próximo mês.

''Não haverá obrigatoriedade para Enem dos professores'', afirma deputado

do Universo Educação

O Exame Nacional para Ingresso na Carreira Docente, instituído pelo Ministério da Educação, não deverá ter caráter obrigatório, conforme declarou hoje o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT-MS), relator do projeto na Comissão de Educação e Cultura da Câmara. “Ainda esta semana darei meu parecer sobre o projeto”, revelou o deputado, que acredita não ser necessário tornar a prova obrigatória, pois isto poderia causar um entrave na formação e contratação de novos professores.

“Esta será mais uma ferramenta de avaliação do candidato à professor da rede pública, como já o é hoje, por exemplo, a prova de títulos”, disse Biffi. Por este motivo, o deputado acredita que os professores se motivarão a realizar o exame, já que a nota poderá ser usada como um dos critérios de escolha, conforme determinação de cada Secretaria de Educação. “O MEC está apenas colocando esta prova como uma etapa classificatória para ingressar na carreira. Não existe a possibilidade do Exame para Ingresso na Carreira Docente substituir o concurso público”, declarou Biffi, sobre a preocupação da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), expressa pelo seu presidente Jaime Teixeira. O deputado também concorda com a posição do presidente do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Geraldo Gonçalves, de que o Exame não servirá para melhorar a qualidade do ensino nas salas de aula: “o que realmente falta para que esta melhoria aconteça efetivamente é uma capacitação e acompanhamento permanentes dos professores”, finalizou Biffi.

O deputado lembrou ainda que o ministério colocou os detalhes deste projeto sob consulta popular até 02 de julho, para depois regulamentar o processo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

MEC cria Enem para professores

do Universo Educação

O Ministério da Educação (MEC) instituiu, ontem, o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, que já está sendo chamado de "Enem dos Professores" - em referência ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado por estudantes. A ideia é utilizar a prova como critério para a seleção de professores nas redes estaduais e municipais de ensino que aderirem ao programa.

Por meio de suas assessorias de imprensa, tanto a Secretaria da Educação do Estado (Seduc) como a Secretaria Municipal de Educação (SME) declaram ainda não terem um posicionamento sobre a iniciativa, alegando que a medida é nova. A Seduc acrescentou que, por conta da municipalização da educação, quase não possui escolas dentro da faixa proposta pelo MEC para aplicação das provas.

A primeira edição do exame será realizada no ano que vem. Inicialmente, poderão participar educadores dos primeiros anos do Ensino Fundamental (1º ao 5º) e da Educação Infantil. Depois, o projeto poderá abranger, também, os anos finais da educação fundamental e do Ensino Médio.

Portaria

Segundo portaria publicada no Diário Oficial da União, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ficará responsável pela prova, que será constituída de uma avaliação de conhecimentos, competências e habilidades. Uma consulta pública sobre o exame está aberta desde quarta-feira passada e durará 45 dias, no site do Inep (
http://www.inep.gov.br).

Existirá ainda um banco de questões no qual secretários e professores poderão dar sugestões. Especialistas, juntamente com a equipe técnica do Inep, irão fechar a matriz. A prova vai reunir temas como metodologia de ensino, políticas educacionais e conteúdos específicos.

A avaliação acontecerá uma vez por ano, e as secretarias que aderirem é que vão decidir se a seleção terá fase única ou usarão a prova como fase do processo. A expectativa é de que os resultados possam ajudar na elaboração de melhorias para o ensino. Uma pesquisa internacional foi realizada para criar o programa. Países como Cuba e Inglaterra, que buscam um padrão para professores, foram nações analisadas. Os procedimentos, prazos e outros aspectos operacionais, assim como a inscrição dos interessados e outras normas, serão estabelecidos em nova portaria do Inep.

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Carlos Eduardo Sanches, disse que a entidade recebeu com surpresa a divulgação do exame. "Sempre somos chamados para discutir com o MEC, mas isso não aconteceu agora", afirmou. "O que sabemos é o que está sendo veiculado pela imprensa".

Portanto, acrescentou Carlos Eduardo, a entidade não poderia emitir uma opinião aprofundada sobre o conteúdo da portaria. Ele declarou, porém, que a prova será usada principalmente por municípios menores, tendo em vista os custos altos para a realização de concursos. "As notas deste ´Enem´ poderão ser utilizadas no avanço de carreira dos professores, o que hoje é feito com base no tempo de serviço e no mérito".

Número: Flexão de palavras compostas

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Palavra composta é aquela que resulta da fusão de duas ou mais palavras. Algumas podem surpreender: "planalto", por exemplo, é resultado da soma de ""plano" e "alto", e "petróleo" resulta da soma de "pedra" e "óleo". "Planalto" e "petróleo" são palavras compostas, como "couve-flor" e guarda-chuva".

Vejamos um trecho da letra de "Anjo de mim", canção de Ivan Lins e Vítor Martins:

Anjo de mim
Me faz amor
Abraçadinho
Meu coração
Começo e fim
Meu pôr-de-mim

Observe que o poeta Vítor Martins, autor da letra, criou a expressão "pôr-de-mim". Ela se assemelha a "pôr-do-sol", que por sua vez aparece na canção "Lilás", de Djavan:

... Raio se libertou
Clareou muito mais
Se encantou pela cor lilás
Prata na luz do amor
Céu azul
Eu quero ver o pôr-do-sol
Lindo como ele só
E gente pra ver e viajar
no seu mar de raio

Como fica o plural de palavras compostas, como "pôr-de-mim", "pôr-do-sol", "mula-sem-cabeça", "pé-de-moleque" etc.? Todas essas palavras são substantivos compostos com preposição entre as duas palavras que os formam. Para formar o plural, basta que se flexione apenas o primeiro elemento:

mulas-sem-cabeça
pés-de-moleque
pores-do-sol
pores-de-mim


Cuidado com um detalhe: o verbo "pôr" tem um acento diferencial. Já o plural do verbo substantivado, "pores", não leva o acento.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Estudantes fazem manifestação e param trânsito

do Universo Educação

A Avenida Fernando Ferrari, em Vitória, ficou intransitável por cerca de 20 minutos - tempo suficiente para provocar um caos no trânsito. O motivo foi um protesto relâmpago dos estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Os universitários reivindicaram a finalização de cinco obras no Campus de Goiabeiras que teriam sido cedidos à Prefeitura de Vitória. A falta de professores e de infraestrutura dentro da Ufes também foram motivos para realização do protesto.


Caio Pimentel/leitor
Estudantes da Ufes fecham trânsito na Fernando Ferrari, em Vitória

Cerca de 100 universitários participaram da manifestação que começou na Avenida Fernando Ferrari e que terminou na Reitoria da universidade. O trânsito ficou muito tumultuado pelas Avenidas Fernando Ferrari (nos dois sentidos) e Reta da Penha (no sentido Vitória-Serra e para quem estava bem próximo da Ponte da Passagem).

A Polícia Militar, o Batalhão de Trânsito e a Guarda Municipal acompanharam de perto a manifestação dos universitários. Segundo as autoridades e os estudantes, não foram registradas agressões durante a manifestação. O Trânsito já esta normalizado.

De acordo com a assessoria da Ufes, o reitor na universidade, Rubens Rasseli se reuniu com o prefeito de Vitória para acordar o retorno das obras dos cinco prédios que a prefeitura está construindo no local. Segundo informações, as obras serão retomadas até o final deste mês. Já com relação a falta de professores foi pedido aos alunos que passassem as matérias que estariam sem aula, mas os universitários não repassaram a informação. Segundo a assessoria, há na universidade cerca 1.500 professores.

Estudantes Solidários recolhem agasalhos em escolas

do Universo Educação

O inverno está cada vez mais próximo e o frio já começou a dar as caras. Por isso o Kzuka, em parceria com a Six Travel, está visitando escolas da região levando uma proposta solidária e divertida aos alunos. O Recreio Solidário incentiva os estudantes a doarem agasalhos enquanto uma banda anima a garotada.



Em sua primeira edição, o projeto já é sucesso. Escolas que receberam o projeto demonstraram dedicação e engajamento à causa. Na última sexta-feira, a galera do Colégio São José arrecadou pelo menos 8 mil peças de roupas. Além do grande número de doações, as sacolas foram decoradas e ordenadas para serem distribuídas entre instituições sociais da cidade.

Outros colégios como o Mutirão Objetivo e o La Salle Carmo também deram show de solidariedade. No dia 14 de Maio, o Colégio São Carlos vai receber o projeto.

O projeto precisa de ajuda para transportar as doações e está à procura de empresas voluntárias. Para ajudar, ligue entre 14h e 18h para o (54) 3218.1229, com Paula.

Número: Giz, Gravidez

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



A palavra "ônibus" é plural ou singular? É as duas coisas, assim como a palavra "lápis".

singular: o ônibus / o lápis
plural: os ônibus / os lápis

Por que isso acontece? Os substantivos terminados em "-s" são invariáveis quando paroxítonos ("lápis") ou proparoxítonos ("ônibus").

De um modo geral, no entanto, os substantivos terminados em "-s" formam o plural com o acréscimo de "-es" (desde que não sejam paroxítonos ou proparoxítonos).

Se a palavra termina em "-r" ou "-z", também forma o plural com "-es". Muitos duvidam de que "giz" tenha plural. Como "cruz", esse substantivo varia normalmente:

o giz
os gizes

Outros exemplos de palavras terminadas em "-z" ou "-r":

a luz / as luzes
a gravidez/ as gravidezes
o prócer/os próceres
o mar/os mares
a raiz/as raízes

No caso de dúvida, uma boa saída é a consulta a um bom dicionário.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Número: Plural de ''Sol''

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Mas você pode ter certeza
de que seu telefone irá tocar
em sua nova casa
que abriga agora a trilha
incluída nessa minha conversão.
Eu só queria te contar
que eu fui lá fora
e vi dois sóis num dia
e a vida que ardia
sem explicação....

A letra acima foi extraída de "O segundo sol", canção de Nando Reis. Será que a palavra "sol" tem plural? Tem, sim. Não importa que exista apenas um sol. Essa palavra portuguesa pode perfeitamente ser pluralizada. O plural de "sol" é "sóis".
Qual é a regra que está por trás disso? Os substantivos terminados em "-al", "-el", "-ol" e "-ul" fazem o plural pela transformação do "l" dessas terminações em "-is".

sol/sóis
guarda-sol/guarda-sóis
canal/canais
papel/papéis

As exceções são "mal", "real (quando nome de moeda) e cônsul, cujo plural é, respectivamente, "males", "réis" e "cônsules".

É preciso lembrar que em "sóis", por exemplo, temos um ditongo aberto, "ói", que é tônico e deve ser acentuado.
No caso de "guarda-sol" temos uma palavra composta formada por um verbo, "guarda", e um substantivo, "sol". Para formar o plural em casos como esse, só o substantivo deve ser alterado.

o guarda-sol
os guarda-sóis.

Prova Enade e adiada

do Universo Educação

A prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que seria aplicada em 7 de novembro, foi adiada para o dia 21 do mesmo mês. A mudança foi feita após o Ministério da Educação anunciar a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no mesmo fim de semana que seria o Enade.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgará até o dia 20 de setembro a lista de estudantes que participarão do Enade, e até o dia 22 de outubro os locais onde serão aplicadas as provas.

A cada ano, o Enade avalia um conjunto de cursos de áreas específicas. Em 2010, participam alunos das seguintes graduações: Agronomia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional e Zootecnia.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Número: "patins", "óculos"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



As pessoas comumente dizem "o patins". No entanto a forma "patins" é plural. São "os patins" ou, então, "o patim". O mesmo erro acontece, normalmente, com a palavra "óculos". Duas canções ilustram bem o problema.

A primeira é "Vampiro", de Jorge Mautner. A outra é "Como vovó já dizia", de Raul Seixas e Paulo Coelho. A letra de "Vampiro" diz:

... Eu uso óculos escuros pra minhas lágrimas esconder...

Jorge Mautner fala em "óculos escuros" e acerta. "Óculos" é plural de "óculo". Usamos dois óculos, um óculo para a vista direita e outro óculo para a vista esquerda. Logo, o aparelho corretor chama-se óculos.

Raul Seixas diz:"... quem não tem colírio usa óculos escuro". A concordância aqui não está adequada. A construção correta seria óculos escuros.

"Óculos" é plural, assim como "férias". Diz-se "As minhas férias" e não "A minha férias". Não se deve confundir "férias" com "féria", no singular, que é a arrecadação de dinheiro de um certo período.

Do mesmo modo, não se diz "o ciúmes", mas "o ciúme".

As cadeiras são azul-claras, as camisas azul-escuras.

Nesse caso a regra é esta: quando se trata de um adjetivo composto formado por dois adjetivos, mantém-se o primeiro e altera-se só o segundo. Exemplos:

proposta luso-brasileira, sentimento luso-brasileiro
cadeira azul-clara, cadeiras azul-claras

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Flexão de grau: Diminutivo

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Num comercial de TV há um diálogo entre um médico e uma mulher em que esta diz a certa altura: "É azia, doutor. Mas eu já estou providenciando uma colherzinha de Gastran".

De fato, o diminutivo de "colher" é "colherzinha".

No dia-a-dia, porém, é comum ouvirmos "uma colherinha", que parece até mais afetivo. E "bar"? Você diria "barinho" ou "barzinho" ? É mais provável que diga "barzinho".

Quando o substantivo termina em "r", a tendência é que se faça o diminutivo com o acréscimo de "-zinho" ou "-zinha". "Colherinha", em linguagem familiar, é perfeitamente aceitável. Mas, conforme a gramática normativa, o correto seria "colherzinha".

Vamos a um exemplo tirado da canção "Coisa bonita", gravada por Roberto Carlos:

Amo você assim e não sei por que tanto sacrifício
ginástica, dieta não sei pra que tanto exercício
olha, eu não me incomodo
um quilinho a mais não é antiestético
Pode até me beijar, pode me lamber
que eu sou dietético...

Essa música de Roberto e Erasmo Carlos foi feita para as pessoas que são, digamos, gordinhas. Quando se diz "gordinho" ou "gordinha", usa-se o diminutivo, no caso diminutivo de um adjetivo. Esse diminutivo tem um valor afetivo: "gordinho" é um termo mais delicado que "gordão", que é o aumentativo. Nesse caso, o diminutivo não transmite necessariamente a idéia de tamanho, e sim a idéia de algo mais delicado, suave, afetivo, como fizeram os compositores com a palavra "quilinho". Na verdade, não pode haver um quilo menor do que outro quilo. Ao pé da letra, "quilinho" é um absurdo. Na letra da música, no entanto, a palavra adquire um valor afetivo justamente por causa do diminutivo.

Vamos ver outro exemplo, a canção "Azul", gravada por Djavan:

... até o sol nascer amarelinho queimando mansinho
cedinho,
cedinho, cedinho
Corre e vai dizer pro meu benzinho
um dizer assim o amor é azulzinho

Nessa canção, Djavan usa e abusa do diminutivo afetivo. Para se referir às cores, por exemplo, ele usa "amarelinho", "azulzinho". E recorre ao diminutivo afetivo também com relação ao advérbio "cedo" (cedinho) e ao adjetivo "manso" (mansinho).

O diminutivo deve ser compreendido pelo valor específico que ele tem (de tamanho pequeno) e por valores como o afetivo e o depreciativo. Quando se fala "um homenzinho", por exemplo, nem sempre o homem que se tem em vista é pequeno. A pessoa pode usar o diminutivo não com a intenção de fazer referência ao tamanho da pessoa tampouco para transmitir afeto, mas com a intenção de ofender: "um homenzinho" pode equivaler a "um homem insignificante".

São vários os valores do diminutivo. Vimos aqui alguns exemplos, mas há outros que podem ser utilizados na vida diária.

MEC ira lançar Portal do Aluno

do Universo Educação

O secretário de Educação à Distância, Carlos Bielshowsky, informou que o Ministério da Educação deverá lançar nas próximas semanas o Portal do Aluno. O anúncio foi feito durante apresentação na Conferência Internacional - O Impacto sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação.

O portal é uma das ações do MEC dentro do Programa Nacional de Tecnologia Informacional (Proinfo) que tem o intuito de promover a inclusão digital aos estudantes brasileiros do ensino fundamental e médio. O portal, destinado a alunos a partir de 12 anos, será conectado ao Portal do Professor.

No portal do professor, o internauta pode criar o roteiro de suas aulas com o uso de ferramentas multimídias. No portal do aluno haverá acesso a uma série de objetos educacionais. Foram criados instrumentos para atrair os internautas como uma comunidade virtual ao moldes do Orkut.

UFBA divulga Vestibular 2011

do Universo Educação

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) divulgou, o calendário do Vestibular 2011 com informações sobre as datas para pedido de isenção de taxas e inscrições. O resultado final para aqueles que forem aprovados no processo seletivo, que acontece em novembro e dezembro, será divulgado em janeiro e a matrícula será feita em fevereiro de 2011.

Vale lembrar que a Ufba decidiu que não vai utilizar o Enem para os cursos tradicionais de graduação no Vestibular 2011, da mesma forma que ocorreu no ano passado. Apenas os candidatos dos Bacharelados Interdisciplinares poderão usar o benefício do exame.

Para mais informações, acesse o site da instituição (clique aqui e acesse). Confira o calendário:

Período para pedido de isenção de taxa:

De 18 a 27 de maio

Inscrições para o vestibular:

De 3 a 22 de agosto

Inscrições para todos os candidatos (Cursos tradicionais CPL, Bacharelados Interdisciplinares BI, Cursos Superiores de Tecnologia CST e candidatos isentos de taxa)

Data da realização das provas:

1ª fase
14 de novembro - Português e Ciências Naturais
15 de novembro - Matemática, Ciências Humanas e Língua Estrangeira

2ª fase
12 e 13 de dezembro - Todos os cursos
Até 17 de dezembro, provas de habilidades (Cursos da Área 5)

Recife tira livros de Educação Sexual de escolas

do Universo Educação

Escrito por um autor premiado pela Academia Brasileira de Letras e considerado referência nacional no tema da educação sexual infanto-juvenil, o livro "Mamãe, como eu nasci?", de Marcos Ribeiro, foi recolhido ontem das escolas da rede municipal de Recife. A ordem partiu da Secretaria de Educação, depois que o livro despertou polêmica entre professores, alunos e até na Câmara Municipal, onde chegou a ser chamado de "cartilha pornô".

O livro aborda o sexo sem disfarce e é farto em ilustrações, inclusive com cenas de masturbação. Um menino manuseia o órgão genital ao tomar banho numa banheira, e uma menina faz o mesmo assistindo à televisão.

A publicação tem 18 anos, é aprovada pelos Ministérios da Saúde e da Educação, e adotada por estados e municípios de todo o país. Só este ano começou a ser distribuída em Recife. Foi entregue a 25 mil alunos com idades entre 7 e 10 anos.

As reações começaram na última quinta-feira, logo após a entrega do livro aos alunos. Na Escola Municipal Santo Amaro, a vendedora Aline Maciel, de 20 anos, disse que chegou a esconder o livro da irmã de 9 anos, temendo a reação do pai, que "é muito tradicional". Na sexta-feira, o secretário de Educação, Cláudio Duarte, disse que o livro seria mantido. Mas, anteontem, a reação chegou à Câmara. O vereador André Ferreira (PMDB) disse que a obra contém "explicações estarrecedoras" sobre o sexo e, com outros três vereadores, pediu o veto à publicação.

O secretário mandou recolher os volumes, mas disse que a medida não é definitiva:

''Sexo será um tema sempre polêmico, até o Brasil se tornar um país desenvolvido. É um assunto tão controvertido quanto aborto, homossexualismo e drogas. Estamos orientando o recolhimento do livro para construir uma abordagem metodológica. Faremos um debate sobre o tema, ouvindo pais, diretores e professores. Não estamos nos rendendo à crítica política, apenas abrindo o debate técnico.'', afirma.

Com informações do jornal O Globo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Estão encerradas inscrições para 6ª Olimpíada Brasileira de Matemática

do Universo Educação

Estão encerradas as inscrições para a 6ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP 2010), dirigida aos estudantes do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio das escolas públicas.

A Olimpíada de Matemática é uma promoção do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Ministério da Educação (MEC), com realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul.

A OBMEP é um projeto que visa criar um ambiente estimulante para o estudo da matemática entre alunos e professores das escolas públicas. Voltada para as escola estaduais e municipais, seus estudantes e professores, a OBMEP tem o compromisso de afirmar a excelência como valor maior no ensino público. Suas atividades vêm mostrando a importância da matemática para o futuro dos jovens e para o desenvolvimento da educação.

Outras informações com Alessandra na, da SED, no telefone (67) 3318-2242.

Genero: "o pipa" ou "a pipa"?

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Você já ouviu alguém dizendo "o pipa"? A palavra "pipa" é substantivo feminino ou masculino?
Os dicionários dizem que "pipa" é palavra feminina: a pipa.

Quanto a "o pipa", é provável que tenha ocorrido aí aquilo que se chama de contaminação, de cruzamento. Como "pipa", "quadrado" e "papagaio", por exemplo, são sinônimos, e "quadrado" e "papagaio" são palavras masculinas, pode ter se dado um cruzamento, uma troca de gênero entre os substantivos.


De qualquer maneira, é bom lembrar que os dicionários não abonam isso e registram "pipa" como palavra feminina: a pipa.

É bom que se saiba também que a palavra tem vários sinônimos: "arraia", "cafifa", "pandorga", além de "quadrado", já mencionado. Como lembra o Aurélio, no Nordeste ainda haveria os substantivos "balde" e "tapioca" utilizados com esse sentido.

Professores de Universidades Estaduais vão fazer paralisação nas aulas nesta Quarta-Feira

do Universo Educação

Os professores das universidades estaduais da Bahia, Uneb (Universidade do Estado da Bahia), Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana), Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) vão paralisar as atividades nesta quarta-feira, 28.

Autonomia universitária, incorporação da CET, progressão e promoção de carreira e regime de trabalho, além da revogação da Lei 7.176/96, são alguns dos pontos elencados na pauta de reivindicação. Segundo informações da Associação de Docentes da Universidade Estadual da Bahia (ADUNEB), o objetivo da paralisação é "denunciar à sociedade o tratamento que o governo Wagner vem dando às Universidades Estaduais, principalmente no que se refere aos salários dos docentes".

Em texto divulgado nos portais da Aduneb e da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs), os salários dos professores ocupam o penúltimo lugar entre os piores pagamentos das Universidades Estaduais do Nordeste, figurando entre os mais baixos do País.

Também no dia 28 está previsto um ato público dos professores da Uneb em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB) a partir das 10h. Às 14h, será realizada uma assembleia para votar o indicativo de greve.

Segundo Clóvis Caribé, coordenador de Educação Superior da SEC, em janeiro último, conforme negociações firmadas em 2007, os professores tiveram incorporado a seus salários a última parcela da gratificação específica, além do reajuste linear concedido aos demais servidores.

Ele negou que o movimento tenha entregue pauta em novembro, mas informou que estão em andamento concursos este ano que destinam 801 vagas para docentes nas quatro universidades, atendendo ao Projeto de Lei 11.638/2009, aprovado pela Assembleia Legislativa.
Reivindicações

Em texto divulgado pela Adufs, a realidade nas universidades estaduais da Bahia é preocupante: faltariam professores, servidores, salas, equipamentos, residência e restaurante estudantil.

No caso dos professores da Uesb, esta é a segunda paralisação ocorrida no ano. No site da universidade, a confirmação da paralisação vem acompanhada da ressalva de que o motivo desse novo ato é o "silêncio do governo, que não abre o diálogo" para negociar a Incorporação Integral das Condições Especiais de Trabalho (CET).

Segundo as associações dos docentes, essa reivindicação está na pauta da campanha salarial desde 2009.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Professora é acusada de Racismo

do Universo Educação

Estudantes da oitava série da Escola Estadual Doutor João Palma Guião, em Ribeirão Preto, acusam uma professora de língua portuguesa de tecer frase racista contra uma aluna de 14 anos. O diretor Elias Fernando nega atitude preconceituosa por parte da professora, que não foi encontrada.

As duas teriam se desentendido quando a aluna tentou entrar na sala em que a professora lecionava para entregar um aparelho celular para outra estudante.

Segundo a estudante e outros alunos que presenciaram a cena, quando a adolescente tentou entrar na sala, a professora fechou a porta. Elas começaram a discutir e a professora a teria chamado de "neguinha do cabelo esticado", segundo elas.

Após o episódio, durante o intervalo de aulas, os alunos gritaram a palavra "preconceito" para a professora.

Elias confirma a discussão e o motivo, mas diz que a docente foi ofendida pela aluna. "Ao ser chamada de gorda, a professora retrucou: ‘Você também não se enxerga?’."

A Secretaria da Educação do Estado diz que chamou aluna e professora para reunião para esclarecer os fatos.

Masculino de "primeira-dama"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Quando um homem é eleito prefeito, sua mulher se torna a primeira-dama da cidade. A mulher do governador torna-se a primeira-dama do Estado, e a do presidente, primeira-dama da nação. Mas como deveríamos chamar o marido de uma mulher que tenha sido eleita para um desses cargos?

Para responder a essa pergunta, precisamos descobrir o masculino de "primeira-dama". Basta pegarmos o masculino de "dama", que é "cavalheiro", e formar o substantivo composto "primeiro-cavalheiro". Essa construção pode parecer estranha, mas ela é correta:

primeira-dama
primeiro-cavalheiro


É importante não confundir "cavalheiro" com "cavaleiro", que é a pessoa que monta a cavalo.

Ser professor

do Universo Educação

Os cursos de licenciatura destinam-se à formação de professores. Uma de suas principais características, é que além de ensinar as disciplinas relativas ao curso escolhido pelo aluno, também ensinará técnicas específicas para se transmitir conhecimento a outras pessoas.

Se o candidato a um curso de licenciatura quer dar aulas na Educação Infantil ou nas séries iniciais (1ª a 4ª séries), deve cursar o Normal Superior ou Pedagogia, com habilitação específica. Entretanto, se o objetivo é lecionar nas séries finais, como Ensino Fundamental (5ª a 8ª) e no Ensino Médio, cursinhos pré-vestibulares e universidades, é necessário optar pela faculdade da disciplina à qual pretende lecionar. Nesse caso, os principais cursos são: Letras, para formação em Português, Inglês ou Espanhol e suas respectivas literaturas. Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia, Artes, Educação Física, etc.

Geralmente, os cursos de licenciatura em disciplinas específicas, têm duração de quatro ou cinco anos, nos quais o aluno estuda, entre outras coisas, assuntos relacionados à didática, psicologia e filosofia, fundamentos da política educacional, gerenciamento e avaliação do aprendizado, além de fazer estágios em escolas e cursos colocando em prática as habilidades aprendidas durante a faculdade.

Mercado de trabalho: O mercado educacional é um dos setores com maior déficit de mão-de-obra no País. A competitividade entre profissionais leva à busca constante pelo aperfeiçoamento e aumenta, cada vez mais, a demanda por professores em todas as áreas do conhecimento.

Dica: Em muitos casos, os cursos de licenciatura são em conjunto com o bacharelado. Quando o curso for misto, ou com dupla habilitação, o aluno pode escolher uma modalidade para se diplomar e cursar as matérias específicas ou receber dupla certificação, o que aumenta suas chances de conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho. Um bom exemplo, é o curso de Letras, que forma profissionais não apenas para dar aulas,mas também para trabalhar como profissional liberal ministrando cursos em empresas, ser tradutor e intérprete, revisor de texto, secretário bilíngüe/trilíngue, ou desenvolver pesquisas nas áreas relacionadas ao uso da línguagem.

Unesp recebe pedidos de redução do Vestibular

do Universo Educação

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) recebe, os pedidos de redução de 50% do valor da taxa para o Vestibular Meio de Ano, com oferta de 550 vagas em cursos nas cidades de Bauru, Dracena, Ilha Solteira, Jaboticabal, Ourinhos, Registro e Sorocaba. Os interessados em pagar a taxa reduzida, de R$ 55,00, deverão preencher, imprimir e assinar o requerimento, disponível até as 16 horas de 29 de abril, no site
www.vunesp.com.br, além de remeter até o dia seguinte a documentação, conforme estipulado nos "critérios para solicitação de redução do valor da taxa de inscrição", disponíveis para consulta na página do exame.

O benefício, em conformidade com a Lei Estadual nº. 12.782, de 20 de dezembro de 2007, é concedido a candidatos que recebam remuneração mensal inferior a dois salários mínimos ou estejam desempregados e ainda sejam estudantes (no ensino médio ou equivalente, em curso pré-vestibular ou em curso superior, em nível de graduação ou pós-graduação). A taxa de inscrição para quem não se enquadra na referida lei é de R$ 110,00.

Os cursos oferecidos no meio de ano são administração (Jaboticabal), agronomia (Ilha Solteira e Registro), geografia (Ourinhos), zootecnia (Dracena e Ilha Solteira) e as engenharias ambiental (Sorocaba), civil (Ilha Solteira), de controle e automação (Sorocaba), de produção (Bauru), elétrica (Ilha Solteira) e mecânica (Ilha Solteira).

Em relação ao Vestibular Meio do Ano aplicado em 2009, a diferença é a aplicação no sistema de duas fases, como feito no Vestibular 2010, realizado no final de 2009. Outra mudança é a saída dos cursos de administração de Tupã, oferecidos nos períodos diurno e noturno, com 40 vagas por período. Estas carreiras serão oferecidas no Vestibular 2011.

A Unesp utilizará a nota do Enem 2009 para composição da nota final dos candidatos habilitados para a segunda fase. A aplicação da Prova de Conhecimentos Gerais (primeira fase) está marcada para o dia 13 de junho, com 90 questões de múltipla escolha. O resultado desta etapa será divulgado em 25 de junho. As provas da segunda fase serão aplicadas nos dias 4 e 5 de julho, com questões dissertativas e redação. O resultado final está previsto para 21 de julho, cinco dias antes das matrículas dos convocados.

Genero: "champanhe" "grama" "moral" "libido"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Em Belém do Pará, não é difícil ouvir alguém dizer: "Levei uma tapa".

Um rápida consulta ao dicionário nos esclareceria que "uma tapa", "um tapa", "o tapa" e "a tapa" são formas corretíssimas. Trata-se de uma palavra que pode ser tanto do gênero masculino como do gênero feminino.

Caso semelhante ao de "tapa" é o de "sabiá". Na canção "Sabiá", de Tom Jobim e Chico Buarque, temos:

Vou voltar.
Sei que ainda vou voltar
para o meu lugar.
Foi lá e é ainda lá
que eu hei de ouvir cantar
uma sabiá, o meu sabiá.

Chico Buarque usou as duas formas. Ambas estão corretas, como nos mostram os dicionários.

Algumas palavras, porém, não admitem duplo gênero.

É o caso de "dó". Ouve-se falar "Você não imagina a dó que eu senti", quando a construção correta seria "Você não imagina o dó que eu senti". "Dó" é do gênero masculino. "O dó", portanto, é a construção adequada, ainda que seja muito pouco usada no dia-a-dia.

Em muitos lugares ouve-se "a champanhe", quando o correto seria "o champanhe" e "o champanha". A palavra pode ser escrita com "e" ou com "a" no fim, mas deve ser acompanhada sempre de artigo masculino, e nunca de artigo feminino.

Outro problema são aquelas palavras cujo sentido muda quando o gênero é alterado. É o caso de "grama". Não se deve confundir "o grama" com "a grama", "o moral" com "a moral". "O grama" é a unidade de massa.
Compram-se duzentos gramas de queijo.

Já "A grama" é o vegetal, a designação comumente dada a várias espécies de gramíneas.

Não pise naquela grama!

Por sua vez, "O moral" é o estado de espírito.

O time está com o moral elevado.

"A moral" é o código de princípios de uma sociedade.

A moral dos judeus é diferente da dos cristãos.

Temos outro caso interessante no trecho a seguir da canção "Seduzir", gravada por Djavan:

Amar é perder o tom nas comas da ilusão.
revelar todo o sentido
Vou andar, vou voar para ver o mundo.
Nem que eu bebesse o mar
encheria o que eu tenho de fundo...

Nesse trecho, vimos que Djavan usou a palavra "comas". De acordo com os dicionários, a palavra "coma" tem vários significados. Na letra de "Seduzir" ela foi usada com o significado de "estado de inconsciência", "estado de coma". Trata-se de uma palavra que pode ser indiferentemente masculina e feminina: "o coma" ou "a coma".

A língua falada, do dia-a-dia, não assimila com facilidade o gênero culto de algumas palavras.

Vejamos outro caso, a palavra "libido", usada na canção "Alívio Imediato", gravada pelos Engenheiros do Hawaii:

...A Líbia bombardeada, a libido e o vírus
o poder, o pudor, os lábios e o batom
...

Agora observemos a mesma palavra ser utilizada na canção "Garota Nacional", gravada pelo Skank:

... Porque ela derrama um banquete, um palacete
um anjo de vestido, uma libido do cacete
...

A grafia está correta na letra das duas músicas: "a libido". Não existe a forma "o libido".

Quando houver dúvida quanto ao gênero de palavras, recorra sempre ao dicionário.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ministério da Educação entra com ação contra Uniban por Geisy Arruda

do Universo Educação

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo entrou com uma ação contra a Universidade Bandeirantes (Uniban) e a União e solicitou ao Ministério da Educação (MEC) que apure novamente as circunstâncias da expulsão da aluna Geisy Arruda (já revogada) e das punições aos outros alunos envolvidos no episódio do vestido rosa.

Na ação civil, de autoria do procurador regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Jefferson Aparecido Dias, o MPF pede para que a universidade respeite os princípios do processo legal nos casos em que entender necessária a aplicação de sanções disciplinares a seus alunos. Para o MPF, o MEC deve fiscalizar e punir a Uniban nos casos em que a universidade não cumprir preceitos constitucionais e legais em seus processos disciplinares.

A ação está baseada em procedimento instaurado em novembro do ano passado para apurar a sindicância que resultou na expulsão da aluna do primeiro ano de Turismo do campus São Bernardo do Campo, na Grande capital paulista, e em punições disciplinares a outros alunos acusados de ofender Geisy. Tanto a expulsão quanto as sanções foram revogadas logo em seguida pelo reitor da entidade.

No dia 22 daquele mês, Geisy foi à faculdade com um vestido rosa, considerado curto por alguns alunos e alunas. A jovem foi hostilizada por centenas de alunos, tendo que se trancar em uma sala de aula até que a Polícia Militar (PM) a escoltasse. De acordo com o MPF, por conta do episódio, a estudante tornou-se uma espécie de celebridade, uma vez que vários vídeos do episódio foram postados no site YouTube e ganharam o mundo em poucos dias.

"A situação já se revestia de grande gravidade, mas a Uniban conseguiu piorá-la ao fazer publicar, no dia 8 de novembro de 2009, nos principais jornais do Estado de São Paulo, informe publicitário no qual informava que a aluna Geisy tinha sido expulsa de seu quadro discente por suposto flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade", afirma Dias, na ação.

Sindicância

Após a expulsão, o MPF instaurou o procedimento e tentou, por várias vezes, contatar o reitor da Uniban, Heitor Pinto Filho, a quem foram requisitadas cópia da suposta sindicância instaurada pela Uniban que resultou na expulsão, mas a universidade não respondeu. Dias então determinou a realização de uma diligência na universidade e solicitou a abertura de investigação para apurar o crime de desobediência.

Os servidores do MPF que foram à Uniban foram recebidos pelo presidente do Conselho Jurídico da entidade, Décio Lencioni Machado, que os entregou apenas uma cópia do regimento interno da instituição e disse que os autos da suposta sindicância estavam com o escritório de advocacia contratado para defender a faculdade.

Até hoje o MPF não recebeu cópia da suposta sindicância e não foi possível obter qualquer prova da real existência de que tenha havido um processo disciplinar que tivesse norteado a decisão da universidade.

Fiscalização

Ao tomar ciência dos fatos, o MEC instaurou procedimento administrativo para apurar o ocorrido, mas após a revogação das sanções aplicadas o caso foi arquivado. Isso denota que "não ocorreu a efetiva fiscalização e adoção de medidas a fim de salvaguardar os direitos constitucionais e sancionar a Uniban por não ter observado os princípios do devido processo legal, contraditório e ampla defesa".

A Uniban, afirma o MPF na ação, "atuou de forma manifestamente ilegal e inconstitucional, contrariando toda a ordem jurídica vigente. Há, assim, lesão a toda comunidade acadêmica ao suprimir direitos inerentes à pessoa humana, ferindo inclusive sua dignidade."

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sufixação: "-oso","-osa"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Não é novidade para ninguém que, em português, o capítulo de ortografia oferece várias dificuldades. Todos já ficamos confusos alguma vez em relação ao uso do "s" e do "x", do "x" e do "ch".

Muitas pessoas dizem, por exemplo, que na palavra "lixo" o "x" tem som de "ch". Nada disso. Na palavra "cachorro", por exemplo, o "ch" é que tem som de "x", e não o contrário! Em "lixo", o "x" tem o som dele mesmo, afinal o nome da letra é "xis"!

Vamos ver a canção "Olhar 43", de Paulo Ricardo, para comentarmos outro caso que deixa as pessoas em dúvida:

... é perigoso o seu sorriso
é um sorriso assim, jocoso
impreciso, diria misterioso
indecifrável riso de mulher.
..

Vimos o emprego das palavras "perigoso", "jocoso", "misterioso", palavrinhas que têm o sufixo "-oso". É um sufixo que indica a idéia de posse plena, de abundância, de existência em grande quantidade. É bom lembrar: o sufixo "-oso" é sempre com "s", jamais com "z".

perigoso = com muito perigo
misterioso = cheio de mistério
jocoso = com muita jocosidade
Tomemos outro exemplo, tirado à canção "Vitoriosa", de Ivan Lins. A letra é de Vítor Martins:

... quero sua risada mais gostosa
esse seu jeito de achar
que a vida pode ser maravilhosa.
Quero sua alegria escandalosa
vitoriosa por não ter vergonha
de aprender como se goza.


Nessa canção vimos o sufixo "-oso" no feminino. "Gostosa", "maravilhosa", "escandalosa" etc. Sempre com "s"! E vimos também a palavra "goza", com "z". Mas ela não tem nada a ver com a nossa história. "Goza" é forma do verbo "gozar", com "z".

Então, cuidado! Não basta que o som seja semelhante a "oso" e "osa" para colocarmos o "s".

Precisamos entender o significado da palavra. Se for sufixo designando posse plena ou grande quantidade, aí, sim, a grafia correta é com "s".

Dificuldade em redação, Ortografia, Pode ser dislexia

do Universo Educação

Darby Lima já tinha repetido a quarta série e continuava colecionando notas vermelhas. As broncas do pai não adiantavam. O menino estudava, mas nas provas respondia o que não era perguntado e era incapaz de prestar atenção nas aulas. Já no Ensino Médio, ouviu uma professora dizer que “aquele aluno não vai chegar longe, não”. “Me sentia burro”, diz Darby, hoje no oitavo semestre da Universidade de Brasília (UnB) e há dez anos diagnosticado como portador de dislexia.

Os cientistas ainda não sabem, ao certo, a causa do distúrbio, mas estimam que ele atinja entre 5 e 15% da população mundial – entre eles, personalidades como Albert Einstein, Pablo Picasso e Tom Cruise. O portador costuma embaralhar letras e números de formatos ou sons semelhantes (trocar vaca e faca, por exemplo, ou confundir b e d).

A dislexia afeta principalmente a capacidade de ler, escrever e se concentrar, mas não interfere no raciocínio lógico, nem nas habilidades artísticas. A memória também pode ser afetada. Mas apesar das dificuldades com ortografia, redação e línguas, os disléxicos podem ter desempenho satisfatório em ciências, exatas ou artes.



“O disléxico é uma pessoa inteligente, mas tem extrema dificuldade de pôr o que sabe no papel ou interpretar textos escritos. Vai mal nas provas, mesmo que tenha todas as respostas na ponta da língua, e muitas vezes é tratado como preguiçoso ou indisciplinado”, explica Maria Angela Nico, coordenadora científica da Associação Brasileira de Dislexia (ABD).

Superação

Provavelmente hereditária, a dislexia não é considerada doença, nem tem cura. “É preciso aprender a conviver com ela e criar estratégias para compensar as limitações”, diz Maria Angela.

Com acompanhamento de psicólogos, psicopedagogos e neurologista, Darby aprendeu a se concentrar e melhorou o rendimento na escola. Na quarta tentativa, foi aprovado no vestibular de Geologia da UnB.

“Na época, não sabia que tínhamos direitos especiais nas provas”, diz o universitário. Apesar de não ser obrigatório por lei, os principais vestibulares oferecem condições especiais para os disléxicos fazer o exame.

Para ter direito a isso, é necessário apresentar laudo médico que confirme o diagnóstico de dislexia. “Muitas vezes o distúrbio é confundido com problemas de visão, de audição ou déficit de atenção”, diz Maria Angela.

O diagnóstico e o tratamento são complexos e exigem equipes multidisciplinares – normalmente, formadas por neurologistas, pedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos e oftalmologistas. Pessoas de baixa renda podem fazê-lo gratuitamente em ONGs e associações de apoio ao disléxico, como a ABD.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Derivação parassintética: "Esvaziou" ou "desvaziou"?

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Houve um lance incrível de futebol em que o árbitro anulou um gol alegando que a bola estava furada. O que será que aconteceu quando o jogador chutou?

A bola murchou, a bola esvaziou-se.

Um jogador do time disse que a bola desvaziou. O correto seria dizer que a bola esvaziou, do verbo "esvaziar". É perfeitamente compreensível esse desvio cometido pelo jogador porque os prefixos "de-" e "des-" entram na formação de muitas palavras da língua e possuem valores diversos.

Nem sempre o "des-" indica negação. Recentemente um cantor manifestou que "desconcordava", e muita gente o censurou dizendo que ele não sabia português. Porém basta uma consulta aos dicionários para ver que o verbo "desconcordar" existe, sim, e é sinônimo de "discordar".

Também é preciso levar em conta que algumas palavras têm forma dupla, como "esgarrado" e "desgarrado", "esgarrar" e "desgarrar", "espertar" e "despertar" e tantas outras em que entra ou não entra o elemento "de-" ou o elemento "des-", com vários valores. Esse valor pode ser ora negativo, ora positivo. Às vezes, como aponta o Aurélio, chega a ter valor de reiteração, como ocorre com a palavra "deslavrar", que quer dizer "lavrar de novo".

Composição "sanguessuga"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Será que toda palavra composta tem hífen? Palavra composta é aquela em cuja formação entram pelo menos duas ou mais palavras. Extraímos um exemplo da música a seguir, chamada "Não enche", de Caetano Veloso.

Harpia, aranha
sabedoria de rapina e de enredar, de enredar.
Perua, piranha
minha energia é que mantém você suspensa no ar
Pra rua!, se manda
sai do meu sangue, sanguessuga, que só sabe sugar.
Pirata, malandra
me deixa gozar, me deixa gozar
me deixa gozar, me deixa gozar.

Caetano Veloso aí aponta o significado da palavra "sanguessuga" ao dizer "sai do meu sangue, sanguessuga que só sabe sugar".

O bichinho sanguessuga faz justamente isso: suga o sangue.
A palavra em questão é composta, embora ela tenha um processo de formação interessante. Normalmente, quando um verbo se associa a um substantivo para formar uma palavra composta, a ordem da combinação é verbo e depois substantivo.

Palavras desse tipo não faltam na língua: "toca-fitas", "guarda-pó", "mata-mosquito" etc.

No exemplo acima, ocorreu o contrário. O substantivo "sangue" veio antes, e o verbo ficou na segunda posição. A palavra é composta, grafada com dois esses e sem hífen: "sanguessuga".

Bullying nas escolas: 10% dos estudantes sofrem

do Universo Educação

Cerca de 10% dos estudantes brasileiros entre 10 e 15 anos, de escolas públicas e particulares, sofreram humilhações e agressões ao menos três vezes durante o ano letivo de 2009, o que caracteriza o bullying.

Segundo pesquisa da ONG Plan Brasil, ligada à Plan International, percentual bem maior (70%) já presenciou cenas de agressão entre colegas. Outros 30% disseram ter sofrido ao menos uma situação de maus-tratos.

Bullying.jpg image by espiritoslivres


O bullying é mais comum no Sudeste, onde 15,5% dos alunos disseram ter sofrido algum tipo de violência (5% várias vezes por semana). Em seguida, aparece o Centro-Oeste com incidência de 12%.

A pesquisa mostra que os meninos são maioria: 34,5% sofreram maus-tratos ao menos uma vez no ano letivo e 12,5% são considerados vítimas de bullying.

A principal prática de bullying é o xingamento (10 % dos casos). Também se destacam os apelidos vexatórios (5,7%) e insultos por conta de características físicas (4,5%). Socos, pontapés ou empurrões aparecem em 4% dos casos de bullying relatados.

Em São Paulo, a prefeitura determinou que escolas incluam no projeto pedagógico a prevenção ao bullying.

Internet

O estudo detectou também a força do bullying nos meios eletrônicos: 16,8% dos estudantes já foram vítimas do ciberbullying, principalmente de e-mails maldosos.

A pesquisa entrevistou 5.168 alunos em todo o país. Nos eua, agressores são indiciados

Em março, nove adolescentes americanos foram indiciados pela Justiça de Massachusetts em razão do suicídio de uma estudante de 15 anos. Phoebe Prince teria sido vítima de bullying por três meses. Ela começou a ser perseguida pelos colegas após o fim do namoro com um menino popular da escola. Dois dos adolescentes indiciados foram acusados de abuso sexual. Outras sete garotas foram indiciadas por perseguição, assédio criminoso e violação dos direitos civis.

sábado, 17 de abril de 2010

UFPE ira usar Enem no Vestibular 2011

do Universo Educação

Novamente este ano, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai adotar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como substituto da primeira fase do Vestibular 2011. A segunda fase será realizada pela Comissão de Vestibular (Covest). A decisão foi tomada esta manhã durante a 1ª reunião de conselho universitário por 32 votos a favor, com seis contra e três abstenções. O encontro aconteceu no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências, com a presença do reitor Amaro Lins, do vice-reitor Gilson Edmar, dos seis pró-reitores, dos diretores dos 12 centros acadêmicos, chefes de departamentos, ex-reitores e ainda de representantes de servidores e alunos.

O peso será de 50% para cada fase, diferentemente do que aconteceu no Vestibular 2010, quando a 1ª fase correspondeu a 45% e a segunda, 55% do valor da nota final do concurso. Na ocasião, a medida foi tomada porque o Enem não ofereceu o teste de Língua Estrangeira, o que não deve acontecer este ano, de acordo com o Ministério da Educação (MEC).

Outra diferença em relação ao concurso anterior é a redação. Desta vez, será utilizada a realizada para o Enem. Em 2010 vigorou a redação da Covest, diante da possibilidade de atraso no resultado das provas por conta do vazamento do Enem.

A única exceção é para os candidatos ao curso de Oceanografia, com 25 vagas, que entrará no Sistema de Seleção Unificado (Sisu) e terá uma etapa única através do Enem. Eles não mais farão a segunda fase. De acordo com a UFPE, a medida foi tomada por conta da mobilidade do curso: estima-se que cerca de 30% dos estudantes são de outros estados, uma vez que só existem 10 cursos do tipo em todo o país.

A UFPE anunciou ainda que vai montar, até a próxima terça-feira, uma comissão para comparar as provas aplicadas pela Covest na 2ª entrada do Vestibular 2010 com os exames de 2009. Isso porque 90% dos inscritos tiraram menos do que dois nos exames de Ciências e Matemática em 2010, o que foi motivo para estranhamento por parte da comissão organizadora. O resultado da análise deve ser divulgado até o mês maio e pode influenciar no formato da prova de 2011, que pode passar a ter mais questões discursivas em outras matérias, além do Português. Existe ainda a possibilidade do surgimento de dois novos cursos para 2011 : Engenharia Naval, com 20 ou 30 vagas, e Medicina, este em Caruaru.

Datas - O edital do concurso deve ser divulgado em junho. Já o Enem, de acordo com o MEC deve acontecer nos dias 6 e7 de novembro e o resultado deve ser divulgado em janeiro. A previsão é que a 2ª fase da Covest aconteça na primeira ou segunda semana do mês de dezembro

Vestibular no meio do ano - Também na reunião de hoje, a UFPE anunciou que vai realizar um novo vestibular para preencher 305 vagas que sobraram na última seleção, sendo 190 no Conjunto das Engenharias (CTG) e 115 na unidade acadêmica de Caruaru, no Agreste do Estado (35 em química, 40 em física e 40 em matemática). O concurso será mais enxuto: apenas com testes de Matemática, Química, Física, Redação e duas questões discursivas de Português.

A seleção será aplicada ainda no meio deste ano pela Comissão de Vestibular (Covest). O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será usado como primeira fase para preencher as vagas do CTG, que a partir deste ano vai contar com dois vestibulares por ano, um para cada entrada. Já em Caruaru, serão dois dias de testes, no mesmo formato que no ano passado.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Palavras homófonas: "arrochar" e "arroxar"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Todos sabemos que em muitas situações o "x" tem o mesmo som que o grupo "ch". Isso muitas vezes nos deixa em dificuldades na hora de escrever. Veja este trecho de "Me pegue pra chamegar", música de Tadeu Mathias gravada por Elba Ramalho:

Eu sou, eu sei que sou o seu amor
eu vou a noite toda com você
nesse chamego arrochado
que me deixa louca de tanto prazer

O vócabulo "arrochado" é escrito com "ch" e significa apertar. "Nesse chamego arrochado" é uma construção equivalente a "nesse chamego apertado, agarrado". Os dicionários dizem que "arrochar" com "ch" é palavra de origem obscura, ou seja, não se sabe ao certo qual é a origem, mas sabe-se que o significado é esse.

Existe também "arroxar", com "x", forma equivalente a "roxear" e "arroxear". Ambos os termos dizem respeito à palavra "roxo". Então "arroxar", "arroxear" e "roxear" significam "tornar(-se) roxo".

A palavra "subdelegado" tem ou não hífen?

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



O prefixo "sub-" só exige hífen quando a palavra seguinte, ou seja, seu radical, começar com "b" ou "r". Exemplos:

sub-base, sub-bibliotecário
sub-raça, sub-reptício, sub-reitor...

Assim, "subdelegado" não tem hífen porque a palavra "delegado" não começa com nenhuma das duas letras: "b" ou "r".

Para a maioria esmagadora dos prefixos, vale o hífen se o radical da palavra seguinte começar com "h", "r", "s" e vogal.

Prefixos:

auto - extra
intra - semi
contra - infra
pseudo - ultra

Exemplos:

auto-serviço, contra-regra,
pseudo-autor, semi-árido,
extra-oficialmente, infra-estrutura,
ultra-humano...

Segundo essa regra, não é possível escrever com hífen as palavras "autoconfiança", "contracapa", "extraconjugal", "infravermelho" etc. Nenhuma delas tem seus radicais iniciados por "h", "r", "s" ou vogal.

Existem alguns prefixos que se enquadram numa terceira regra. O "Nossa Língua Portuguesa" perguntou ao povo nas ruas: "Como você escreve antiinflamatório e antiinflacionário?". A maior parte das pessoas infelizmente errou, embora certamente use essas palavras no dia-a-dia.

Os prefixos "anti-", "ante-" e "sobre-" exigem hífen quando o radical começa com "h", "r" e "s". Não é o caso das palavras sugeridas ao público, pois antiinflamatório e antiinflacionário começam com vogal.

Ciências Sociais Aplicadas

do Universo Educação

Uma simples palavra, um gesto isolado ou um amontoado de números só ganham sentido se, por trás deles, estiver o desejo humano de modificar e interagir com o meio social. Ações que para alguns são realizadas de forma natural, como um simples hábito cotidiano, tornam-se, para outros, preciosas matérias-primas de trabalho e pesquisa. E com mais de 180 milhões de brasileiros se relacionando a todo momento para transformar e (re)criar o espaço, campo para estudos é o que não falta na área de conhecimento das Ciências Sociais Aplicadas.

Seja no ramo da economia, habitação, informação ou cultura, o interesse do homem é a base presente nas ementas dos currículos dos 14 cursos dessa área. Isso explica porque graduações aparentemente bem distantes, como Comunicação Social, Ciências Contábeis e Arquitetura, por exemplo, dividem o mesmo espaço dentro das Ciências Sociais Aplicadas. “Hoje, a Arquitetura se encaixa nessa área porque consegue resolver os problemas da sociedade relacionados à organização do espaço físico”, explica Flávio de Lemos Carsalade. Já os contabilistas se “preocupam com os números utilizados no cotidiano das pessoas”, completa, Geová José Madeira. Dessa forma, as questões sociais estão sempre em primeiro lugar e, por isso, desvendar as necessidades e conseqüências da vida na sociedade são tarefas prioritárias para quem pretende trilhar esse caminho de infinitas possibilidades.

Curso de Direito

do Universo Educação



O Curso de Direito é um dos mais concorridos do país. Estima-se que hoje exista mais de 500.000 estudantes de direito em todo Brasil.

O curso de direito tem duração de 5 anos e ao término do curso o estudante se torna bacharel, não podendo ainda exercer a profissão. Ao estudar em uma faculdade de direito o estudante obterá todo conhecimento necessário para exercer uma das muitas profissões relacionadas ao curso de direito, contudo precisa antes ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

O curso de direito exige que o estudante leia bastante e desenvolva sua capacidade de análise e de associação de idéias.

O formando pode optar profissionalmente por advogar ou seguir carreira jurídica podendo atuar nas áreas de Advocacia, Delegado de Polícia, Magistratura, Promotoria e Procuradoria da Justiça, ou tornar-se um profissional liberal

O Curso

Os cursos de Direito no Brasil sofreram uma redução de 6.323 vagas nos vestibulares desde 2008. O corte no número de vagas do curso de direiro foi determinado pelo Ministério da Educação (MEC) e faz parte do acordo assinado com as instituições de direito que obtiveram um resultado insatisfatório no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os maiores afetados por esta medida foram as instituições que abriram seus cursos de direito no ano anterior.

Hoje os cursos de direito são supervisiona dos pelo MEC que relaciona os dados do Enade com o da prova da OAB. Esta supervisão é importante para queo estudante receba um ensino de qualidade e esteja preparado para exercer sua profissão, além de ser aprovado nos exames regulamentadores.

No PR, Sete escolas iludidas com falso prêmio

do Universo Educação

Pelo menos sete instituições de ensino no Paraná caíram no golpe do falso prêmio do Ministério da Educação (MEC). O Instituto Bra sileiro de Pesquisa de Qualidade Gomes Pimentel (IBPQGP), sediado em Guarulhos (SP), fingia dar um prêmio em nome do governo federal. E cobrava entre R$ 2 mil e R$ 3 mil das instituições que recebiam o “Prêmio Nacional de Ex celência em Qualidade no En sino”. O MEC nega vinculação com o instituto e a Polícia Federal está investigando o caso.

Segundo denúncia feita anteontem pelo jornal Folha de São Paulo, 150 escolas, cursinhos, supletivos, centros universitários e faculdades eram “premiadas” pelo Instituto desde 2005. Entre elas estão instituições reprovadas ou mal avaliadas pelo MEC. O prêmio só seria entregue após um pagamento. Até o ano passado, o valor era de R$ 2 mil. Para a entrega da premiação neste ano, o valor teria subido para R$ 3 mil. Após a denúncia, o instituto cancelou a edição 2010 do prêmio.

De acordo com a lista publicada pelo jornal, sete instituições paranaenses caíram no golpe em 2009 (veja no infográfico). Os representantes do instituto diziam que o prêmio se devia ao bom desempenho das escolas em avaliações do MEC. O valor pago serviria para ajudar a bancar a festa de entrega da premiação.

Um dos colégios listados na edição de 2008 do “prêmio” nega ter feito pagamento ao Instituto Gomes Pimentel. A diretora do Colégio Anjos Custódios, Irmã Maria Gonçalves, disse que recebeu durante vários anos a indicação por e-mail, mas nunca respondeu ao instituto e nem pagou por participação em jantares. “Sempre desconfiei da idoneidade deste prêmio”, diz. Porém a notícia da indicação do prêmio ainda consta no site do colégio, que está localizado em Marialva, Região Noroeste do estado.

Na carta publicada no site do colégio e assinada pelo diretor-geral do Instituto Gomes Pi mentel, Luiz Nogueira, dados da avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) e do Ministério da Educação são citados como fontes da pesquisa para a premiação. A reportagem tentou contato com representantes do instituto, mas ninguém atendeu ao telefone informado no site.

MEC

Em nota enviada à imprensa, o MEC negou qualquer tipo de vinculação à premiação e afirmou ter solicitado à Polícia Federal abertura de investigação e inquérito por falsidade ideológica e formação de quadrilha – além de eventuais crimes relacionados, já que o grupo utilizava o nome do MEC e as marcas do governo federal na emissão dos certificados. Na esfera cível, o MEC, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), vai pedir imediatamente que o Instituto Gomes Pimentel identifique todas as instituições que receberam certificados, para que os recolha, além de proibir a emissão de novos papéis desse tipo.

O presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), Ademar Pereira, afirma que a entidade não recebeu reclamações de instituições de ensino que foram lesadas pelo “falso prêmio”. “É preciso ficar atento e em caso de dúvida entrar em contato conosco. O Sindicato tem estrutura jurídica para verificar a idoneidade da empresa que está oferecendo o serviço”, diz. Outras informações podem ser obtidas no site
www.sinepepr.org.br.