quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Aos 93 anos, Cleonice Berardinelli é eleita a Imortal

redação Universo Educação

Cleonice Berardinelli, de 93 anos, a maior especialista em literatura portuguesa no Brasil, foi eleita hoje imortal da Academia Brasileira de Letras. "Eu não cobicei este posto, mas estou felicíssima", disse depois de ser avisada do resultado por telefone pelo presidente da ABL, Cícero Sandroni.



Ela vai ocupar a cadeira número 8 fundada por Alberto de Oliveira, vaga desde a morte do escritor Antônio Olinto, em setembro. Cleonice, ou dona Cleo, como é carinhosamente chamada por seus alunos, recebeu 30 votos contra 9 do outro candidato, Ronaldo Costa Couto, ex-ministro de José Sarney. Não houve abstenções.

Cleonice é formada pela USP, professora emérita de Literatura Portuguesa da Universidade Federal do Rio e Doutora Honoris Causa da Universidade de Lisboa.

UFF: Já saiu o resultado da primeira etapa do Vestibular 2010

redação Universo Educação

A UFF (Universidade Federal Fluminense) divulgou o resultado das provas da primeira etapa do seu vestibular 2010, realizada em 29 de novembro. Foram aprovados para a segunda etapa 25.764 candidatos. Os desempenhos de todos os inscritos e a lista de aprovados podem ser conferidas na página da UFF (
http://www.vestibular.uff.br/2010/), na internet.

A UFF oferece 7.023 vagas para início em 2010. A segunda etapa terá exames aplicados em 20 de dezembro e a prova de expressão plástica será em 22 de dezembro, somente para os candidatos ao curso de arquitetura e urbanismo habilitados à essa fase.

As ações afirmativas continuam valendo - candidatos oriundos de escola pública que passaram para a segunda fase já têm 10% de bônus na nota final. Por causa do adiamento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a universidade optou por não usar as notas do exame como rimeira etapa do processo seletivo.

Mas os estudantes que alcançarem 50% de acertos ou mais no Enem 2009 terão bônus de 5% acrescido no resultado final da prova do vestibular, cumulativo no caso de alunos de escolas públicas. Já os candidatos de escola particular inscritos no e que alcançarem 70% de acertos ou mais no exame, terão direito apenas ao bônus de 5% na nota final do vestibular da UFF.

Mensalidade de escolas particulares pode ter aumento

redação Universo Educação

Diante do atraso no fim do ano letivo por causa da gripe suína - que obrigou escolas a adiarem a volta às aulas no segundo semestre - muitos colégios particulares ainda estão com as matrículas para o próximo ano abertas até o mês de janeiro. E até lá os pais vão ter que desembolsar mais pela anuidade escolar. Em 2010, a maioria das escolas do Rio deve aumentar o valor cobrado entre 5% e 8%, enquanto em São Paulo o reajuste deve ficar entre 4,5% e 6,5% na maioria das escolas, segundo informações dos sindicatos dessas regiões.

O reajuste será mais uma vez acima da inflação. O último relatório Focus do Banco Central, que reúne estimativas de analistas de mercado, prevê que a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, vá encerrar 2009 em 4,31%. Em novembro, o índice fechou em alta de 0,41%, acumulando uma expansão de 3,93% no acumulado do ano, bem abaixo da taxa de 5,61% relativa a igual período de 2008. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 4,22%.

No ano passado, o reajuste ficou entre 6% a 8% na maioria das escolas do município do Rio. Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Sinepe-RJ), o reajuste médio nas escolas de 64 municípios fluminenses foi de 8,3%, frente a 6,5% previsto para 2010. O IPCA fechou 2008 em 5,90%.

''Pelas conversas que tivemos, a maior parte das escolas deve aplicar um aumento entre 5% e 8%, mas há quem vá reajustar menos ou mais do que isso. O que mais pesa é a inadimplência, mas há forte influência dos impostos, principalmente aqueles que incidem sobre a folha de salários'', explica o presidente do Sindicato de Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro (SinepeRio, que representa as instituições no município), Edgar Flecha Ribeiro.

A presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Sinepe-RJ), Cláudia Costa, lembra que as tarifas públicas, como a conta de luz, e os salários dos profissionais são os principais fatores que pesam no orçamento das escolas. Outro aspecto importante, no caso das escolas com horário integral, é o preço dos alimentos.

''As escolas com horário integral, que fornecem mais refeições, têm tido um reajuste maior desde o ano passado por causa dos preços de alimentos, que pesam mais no orçamento'', aponta.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), Benjamin Ribeiro da Silva, destaca a renovação tecnológica como outro fator que pressiona os custos das instituições de ensino. Ele citou como exemplo o caso de uma escola que instalou câmeras de vídeo, o que permite que os pais acompanhem on-line imagens do filho.

Ribeiro da Silva diz, no entanto, que os reajustes não podem ser muito elevados, sob o risco da escola perder alunos.

''A oferta de vagas hoje na rede particular é maior que a demanda. Se o reajuste for maior que o aceitável, a escola pode perder alunos'', afirma.

A opinião é compartilhada pelo presidente da Associação de Pais e Alunos do Estado do Rio de Janeiro (Apaerj), João Luís Faria Netto Junior.

''É necessário algum reajuste para as escolas fazerem frente ao aumento de seus custos. Mas hoje, com a concorrência e as limitações de renda, não há espaço para aumentos muito acima da inflação'', diz ele, lembrando que houve um aumento no número de alunos da rede pública de ensino nos últimos anos.

Pela legislação brasileira, cada escola é livre para definir o reajuste de sua anuidade, mas deve comprovar custos e/ou investimentos que justifiquem o percentual aplicado. A definição do reajuste deve ser informada aos responsáveis pelo menos 45 dias antes do início do ano letivo.

Universidade decide afastar alunos envolvidos em racismo

redação Universo Educação

A Comissão Administrativa de Inquérito (CAI) do Centro Universitário Barão de Mauá, de Ribeirão Preto, formada para avaliar a conduta dos três estudantes de medicina acusados de racismo contra um trabalhador negro, no sábado, decidiu suspender os jovens por 60 dias.

Segundo o reitor da instituição, João Alberto de Andrade Velloso, o afastamento está previsto no regimento interno e o objetivo não é avaliar o fato jurídico ou policial da acusação de racismo. "Essa comissão vai analisar até que ponto esses alunos macularam o Centro Universitário, pois temos que preservar o bom nome da instituição", disse Velloso.


Reprodução de TV


O advogado dos estudantes, Carlos Mancini teve negado um pedido de reconsideração da decisão tomada na segunda-feira pela entidade. "O ato de racismo não ocorreu, e, mesmo se tivesse ocorrido, não foi nos limites da faculdade nem com o uso de uniformes. Foi um fato isolado e os estudantes não usaram o nome da faculdade em momento algum", argumentou Mancini.

Agressão

No sábado, os estudantes Emílio Pechulo Ederson, de 20 anos, Felipe Giron Trevisani, de 21, e Abrahão Afiune Júnior, de 19, foram presos por agredirem o auxiliar de serviços gerais de outra instituição universitária particular, Geraldo Garcia, de 55 anos.

Um dos jovens usou um tapete enrolado para acertar as costas de Garcia, e ainda gritou "negro" a ele, numa das principais avenidas da cidade. Seguranças de um evento viram o fato e perseguiram os jovens, que foram detidos pouco depois e presos em flagrante por racismo e agressão.

O juiz de plantão Ricardo Braga Monte Serrat concedeu a liberdade provisória aos três, sob pagamento de fiança de R$ 5.580 cada, na noite de sábado.

"trocar de mal" e "ficar de mal"

Prof. Pasquale Cipro Neto

Existem determinadas expressões brasileiras que mudam de Estado para Estado. Um exemplo é a expressão "ficar de mal", que em alguns lugares recebe a variação que vemos no trecho abaixo da música "Espelho", de João Nogueira:

...troquei de mal com Deus por me levar meu pai...

Em São Paulo ninguém diz "troquei de mal", que é próprio do Rio de Janeiro e de outras regiões. Em São Paulo a expressão equivalente seria "fiquei de mal".

Nessa mesma letra João Nogueira escreve:

... um dia eu me tornei o bambambã da esquina....

"Bambambã" é uma expressão conhecida em todo o território nacional: "o bambambã do futebol" é o número 1 do time.

Observe outros casos em que uma expressão pode apresentar variação quanto à forma:

Em São Paulo, as pessoas descem do ônibus.
No Rio de Janeiro, elas saltam do ônibus.
A média na capital paulista é café com leite.
Em Santos, média é um pãozinho.
Em Itu (SP), pãozinho é filão.
O filão em S. Paulo, capital, é um pão grande.

A língua oficial não pode ser usada o tempo todo e em qualquer situação; por isso as variações existem e são enriquecedoras.

É o caso da palavra "cacete". A palavra "cacete" em língua culta significa "enfadonho". Assim, "um filme cacete" seria um filme enfadonho.

Nas padarias de Salvador, não se espante se, ao pedir 5 pãezinhos, a balconista avisar ao padeiro: "Salta 5 cacetinhos". Seria estranho, em São Paulo, alguém pedir em uma padaria "cinco cacetinhos".

Há ainda a expressão "do cacete", com função qualificadora e mesmo superlativa. Um livro "do cacete" é um livro "excelente". Uma campanha publicitária sobre o Caribe aproveitou essa gíria para montar um trocadilho: "Aruba é do Caribe". É claro que Aruba é do Caribe, mas a intenção é outra. Esse "Caribe" da frase está no lugar de "cacete", com quem compartilha o "ca" inicial.



No ar desde agosto de 1994, o programa trata, sem preciosismos, das dificuldades lingüísticas que enfrentamos ao falar o nosso idioma. O prof. Pasquale Cipro Neto examina filmes publicitários, letras de músicas, poemas, HQ, depoimentos de personalidades e populares, artigos da imprensa, programas de TV e o que mais seja de nossa expressão lingüística. Consulte aqui a íntegra dos módulos, organizados segundo critérios da gramática