segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Os professores da capital tem qualificação para a Educação Inclusiva

Redação Universo Educação

Trinta e cinco professores da rede municipal de ensino de Cuiabá que atuam nas Salas Multifuncionais participaram, na última sexta-feira (23-10), na escola municipal Maria Elazir Figueiredo, no bairro São João Del Rei, do curso de formação continuada sobre a pedagogia aplicada no trabalho com crianças deficientes.

As salas multifuncionais são espaços educativos que oportunizam ao estudante com deficiência freqüentar as aulas no ensino regular num turno e, no horário oposto, desenvolver atividades específicas às suas necessidades.

Hoje existem 17 salas multifuncionais na rede de ensino, em diversas regiões da Capital, que atendem cerca de 500 alunos.

O curso é promovido pela Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá (SME), dentro do projeto Inclusão em Evidência, que promove o ensino inclusivo, assegurando o acesso e a permanência dos alunos com deficiência na rede municipal de ensino.

De acordo com a gerente de Educação Especial da SME, Zenaide Trindade Alves, o curso de formação “Pedagogia da sala Multifuncional” tem carga horária de 60 horas, com 44 presenciais e 16 semipresenciais. Nos encontros, os educadores discutem temas como a estrutura das salas multifuncionais, desenvolvimento de estudo de caso, pois o plano de ensino é individualizado, a metodologia das salas de atendimento especializado, além de oficinas de confecções de materiais educativos.

Na avaliação da professora Alessandra Andrade Silva, de 33 anos, que atua em sala multifuncional há dois anos, na escola Pedrosa de Morais de Silva, no bairro Novo Paraíso, a formação tem contribuído para aumentar sua experiência e melhorar o trabalho pedagógico com as crianças que precisam de atendimento especializado. “O mais importante é a troca de experiências entre os colegas, pois vemos como cada profissional trabalha em relação a cada dificuldade do aluno”.

Ela também afirma que a qualificação dos profissionais que trabalham com crianças deficientes contribui para a melhoria do ensino ofertado a elas, além de permitir, cada vez mais, o acesso e a inclusão desses alunos à escola.

Nos últimos quatro anos, Cuiabá ampliou em 428% atendimento especializado. No ano de 2004 havia 62 crianças matriculadas na modalidade Educação Inclusiva na Capital. Em 2008, o Inep/MEC registrou 327 matrículas.

Este ano, já são 500 crianças que recebem esse tipo de atendimento.

Aprovado projeto que exige nivel superior para os professores de ensino básico

Redação Universo Educação

O projeto da deputada Ângela Amin (PP-SC) exige formação em nível superior para professores da educação infantil, entre os quais, de creche e pré-escola e das quatro séries iniciais do ensino fundamental.

Originalmente, o texto aprovado pela Comissão de Educação retirava do texto essa necessidade de comprovar a inexistência de formados em nível superior.

Também não previa a possibilidade de contratação de professores com ensino médio para as primeiras séries do fundamental.

Partículas de realce

Prof. Pasquale Cipro Neto




Vou-me embora pra Pasárgada
lá sou amigo do rei...


Todo mundo conhece esses versos de Manuel Bandeira, não é? Será que o pronome "me", de "Vou-me...", pode ser retirado da frase? Vejamos:

Vou embora pra Pasárgada.

Essa frase está perfeitamente correta. na primeira versão, o pronome tem a função de realce, de reforço de uma idéia. Esse tipo de palavra, que se acrescenta a uma frase para dar ênfase, chama-se "partícula expletiva". Ela tem outras denominações: "expressão de realce", "palavra de realce", "palavra expletiva", "expressão expletiva" ou ainda "partícula de realce".

Algumas palavras têm esse papel na língua portuguesa, como o pronome oblíquo "me", combinado a determinados verbos, como "ir":

Vou embora...
Vou-me embora...


A palavra "que" também é muito usada dessa forma. Veja este trecho da letra da canção "Quando", de Roberto e Erasmo Carlos, regravada pelo Barão Vermelho:

Quando você se separou de mim
quase que a minha vida teve fim
sofri, chorei tanto que nem sei
tudo que chorei por você, por você...


Esse "que" em negrito, na letra da canção, pode ser tirado da frase, não é? O verso ficaria "Quase a minha vida teve fim". A palavra foi colocada por motivo de ênfase. Vamos a mais um exemplo, a letra de "Influência do jazz", de Carlos Lyra:

... Cadê o tal gingado que mexe com a gente
coitado do meu samba, mudou de repente
influência do jazz quase que morreu
e acaba morrendo está quase morrendo
não percebeu...


Podemos tirar a palavra "que" do verso "quase que morreu" sem alterar a estrutura ou o sentido da frase. Ela tem aqui função meramente expressiva. Mas é bom observar que esse recurso aparece muito em textos poéticos ou literários mais livres. Alguns gramáticos não apreciam esse tipo de coisa em textos mais formais. No entanto vale saber que a expressão expletiva existe e é um fato da língua portuguesa.





No ar desde agosto de 1994, o programa trata, sem preciosismos, das dificuldades lingüísticas que enfrentamos ao falar o nosso idioma. O prof. Pasquale Cipro Neto examina filmes publicitários, letras de músicas, poemas, HQ, depoimentos de personalidades e populares, artigos da imprensa, programas de TV e o que mais seja de nossa expressão lingüística. Consulte aqui a íntegra dos módulos, organizados segundo critérios da gramática.