quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nos jogos da copa, Escolas vão dispensar o uso de uniforme

do Universo Educação

Escolas particulares vão permitir que os alunos vistam camiseta verde e amarela e acessórios em comemoração à Copa do Mundo, em vez dos uniformes, para torcer pelo Brasil. Na maioria dos colégios privados, o uso do uniforme é obrigatório.

Nos colégios Dante Alighieri e Franciscano Pio XII, em São Paulo, a dispensa da obrigatoriedade vai ocorrer somente no momento dos jogos. Nas unidades, haverá telões para que funcionários e estudantes assistam às partidas.

O diretor-geral pedagógico do Colégio Dante Alighieri, Lauro Spaggiari, disse que é interessante que os alunos vivam o momento da Copa. “Em eventos anteriores permitimos o uso de camisetas da seleção durante os jogos. Foi muito interessante exibir os jogos no colégio. A repercussão é boa e as famílias gostam.”

Já nas escolas de todo o país conveniadas com o Colégio Dom Bosco, o uso do traje em homenagem à Copa está liberado durante todo o mundial. A instituição desenvolveu uma camiseta verde e amarela exclusiva para que os alunos usem neste período. Para a diretora, Lucélia Secco, é importante reforçar a relação dos brasileiros com os esportes, por meio das cores na qual o Brasil é reconhecido no mundo todo.

No Colégio Bandeirantes, em São Paulo, o uniforme é exigido somente nas aulas de educação física. Nas demais atividades, os estudantes podem usam outras roupas, inclusive, camisetas de times de futebol, segundo o coordenador do vestibular, Osmar Antonio Ferraz.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particulares no Estado de São Paulo, José Augusto de Mattos Lourenço, disse que as escolas têm liberdade para flexibilizarem ou não o uso dos uniformes. “O ideal é haver uma conversa com a direção da escola para evitar conflitos. Mas, nestes períodos, o nacionalismo impera e é importante que os colégios aproveitem o momento para incentivar os alunos.”

Redes municipal e estadual

Nas redes de ensino municipal e estadual do estado de São Paulo, o uso de uniformes não é obrigatório. As assessorias de imprensa das duas secretarias afirmaram que nenhum estudante será barrado na porta da escola, caso apareça com roupa verde e amarela na hora da aula.

Pronomes: Uso culto e uso popular "Eu vi ela"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Dois amigos conversam:

Amigo 1: "Faz tempo que não vejo ela".
Amigo 2: "Pois eu vi ela ontem à noite".

Há quem brinque com esse tipo de construção da frase: "Eu vi ela, tu rua, ele avenida"...
No português falado do Brasil, na língua do dia-a-dia, o pronome reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) assumiu definitivamente o papel de complemento verbal. Nós dizemos, no dia-a-dia, "faz tempo que não vejo ele", "eu vou encontrar ela amanhã" e por aí vai. Isso não está no padrão formal da língua portuguesa. O correto seria:

Faz tempo que eu não o vejo.
Eu devo encontrá-la amanhã.

No padrão formal, frases como "Faz tempo que não vejo ele" não são aceitas de jeito nenhum, mas são tão usadas que acabam se tornando uma tendência em outros ambientes lingüísticos.

Vamos a um exemplo, a canção "O astronauta de mármore", gravada pelo grupo Nenhum de Nós:

... Sempre estar lá e ver ele voltar
não era mais o mesmo, mas estava em seu lugar
sempre estar lá e ver ele voltar
o tolo teme a noite como a noite vai temer o fogo
vou chorar sem medo
vou lembrar do tempo
de onde eu via o mundo azul...

Você notou o uso, por duas vezes, da expressão "ver ele voltar". O correto, pelo padrão culto, seria "vê-lo voltar". Essa discussão nunca vai ter fim. Na fala do dia-a-dia, no Brasil, esse uso errado já está sacramentado. Mesmo assim, coloque o pronome corretamente ao redigir um texto formal.