segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Apresentação Oral muda olhar de Pesquisa

Redação Universo Educação

Com a finalidade de consolidar e ampliar o espaço de discussão sobre produção científica, o “I Salão de Pesquisa Docente” e o “IV Encontro de Iniciação Científica Jovem Pesquisador da UNIGRAN” organizaram a apresentação de pôsteres com apresentações. Acadêmicos dos diversos cursos da Instituição puderam mostrar seus trabalhos e concorrerem a prêmios, além de participar dessa nova etapa da pesquisa científica.


Acadêmico de Produção, Alexandre Santana,
Agrícola explica trabalho a duas dos avaliadores,
as pró-reitoras Bernadeth Bucher e Terezinha Bazé.



Os artigos expostos são de pesquisas realizadas em grupo ou individuais. Projetos de TCC e Monografia também foram expostos. A organizadora dos eventos professora Bernadeth Bucher, Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, disse que a pesquisa é muito importante na formação acadêmica e que as apresentações reforçam a experiência científica.

“Hoje a gente não pode falar só sobre ensino, em si, tem que ter um suporte, que é a pesquisa, o famoso tripé do ensino [ensino, pesquisa e extensão]”, disse a professora. Para concorrer à meia bolsa em curso de Pós-Graduação da UNIGRAN, os trabalhos foram avaliados por uma equipe de professores.

O acadêmico do último ano de Arquitetura e Urbanismo, Bruno Bonfim Moreno apresentou seu projeto de monografia. A “(RE) Urbanização de Ocupação Irregular no Bairro Jardim Climax – Dourados – MS”, orientado pela professora Ana Cristina Yamashita.

Para ele, a leitura das perspectivas da localidade é essencial para criação do projeto. O pôster de Bruno contém os projetos feitos, mostrando seu trabalho na elaboração da reurbanização. O acadêmico afirma que a apresentação é importante, pois cada pessoa tem uma forma de ver o projeto e a cada análise e explicação ele aprende um pouco mais.

Sthefany Alves, Clederson Pereira, Érika Kawaketa, Bruna Walter, Pâmela Mizuguti e Santiago de Pádua, alunos do 6º e 9º semestre de Medicina Veterinária, coordenados pela professora Fabiana Satake, desenvolveram a pesquisa “Leuconetria diferencial da população de gansos e patos mantida no Parque Antenor Martins, município de Dourados – MS”.

A pesquisa verificou o estado sanitário das aves do Parque do Lago, como é conhecido o local. Para isso o grupo realizou exames clínicos nos animais. A acadêmica da Unigran Sthefany Alves diz que não sabia como seria a apresentação do pôster, mas que a experiência contribuiu muito para a pesquisa, pois teve oportunidade de mostrar o intuito do trabalho realizado.

“Quando a gente se prepara em casa é uma coisa, quando a gente vem apresentar aqui pode desenvolver, explicar melhor nossos conhecimentos, tendo participado e ajudado na pesquisa é muito interessante”, afirmou Sthefany.

A relevância do tema, os objetivos do projeto, seu desenvolvimento a organização do pôster e como o acadêmico expõe, sua segurança e o domínio da pesquisa são itens avaliados pela comissão.

Deficientes Visuais pleiteiam mais investimento na Educação

CAMILA CAMPANERUT
Colaboração para o Universo Educação

Cerca de 300 pessoas se reúniram na Câmara dos Deputados para discutir problemas e apresentar propostas de políticas públicas para as pessoas com deficiência visual. Entre as medidas, destaca-se a regulamentação do envio e da publicação de livros em braille nas escolas públicas do País.

Para o primeiro vice-presidente da Organização Nacional dos Cegos do Brasil (ONCB), Moisés Bauer Luiz, existe o temor de que em 2010 os estudantes cegos fiquem novamente prejudicados com o atraso e o possível não envio dos livros em braile.

Bauer, que é cego desde os 8 anos e advogado, afirmou que a quebra do convênio com um das duas fundações responsáveis pela produção dos livros no Brasil atrasou e dificultou o acesso dos alunos ao material didático. “No Brasil, estamos enfrentando muito problemas com os livros em Braille, que é para todos”, afirmou.

Ele não acredita na eficácia da nova proposta do Ministério da Educação de descentralizar a produção dos livros nos Estados e municípios para alunos a partir da 5ª série. “O edital [sobre o assunto] não saiu até agora. Há necessidade de tempo para ajustes e início da produção. Este processo deve levar, não menos, que dois anos. E os alunos como ficam?”, questiona. Já o material de 1ª a 4ª continuaria sendo confeccionado pelo Instituto Benjamim Constant.

Outros pontos do debate de professores e deficientes presentes no Seminário Brasileiro em Comemoração ao Bicentenário de Nascimento de Louis Braille incluem o investimento na audiodescrição, uma espécie de tecla SAP em filmes e em programas televisivos (com descrições de momentos sem som); o apoio à educação inclusiva; a cobrança das autoridades para colocar em prática ações relativas à acessibilidade, como pisos táteis e identificação sonora nos elevadores, regulamentadas por lei, mas que não é realidade em todos os Estados.

As reivindicações discutidas no evento serão reunidas em uma carta que será entregue a representantes do Executivo e do Legislativo e ficará em exposição no site da organização, www.oncb.org.br

O seminário, de dois dias, foi organizado pela recém-criada Organização Nacional dos Cegos do Brasil (ONCB), que conta com a participação de 70 entidades da área.


Cegos no Brasil e no mundo

Segundo o primeiro vice-presidente da ONCB, os dados da ONU apontam que os deficientes visuais, que incluem os totalmente cegos e aqueles com até 10% de visão no melhor olho, representam 1% da população internacional.

Bauer explicou que há divergências quanto aos números nacionais. Os últimos dados do IBGE, do Censo de 2000, apontam que 14,5% da população brasileira apresenta alguma deficiência. “Destes 48,1% são cegos, mas os números não correspondem com a realidade. Inclui até quem apenas usa óculos. O erro deve ser corrigido no próximo Censo, em 2010”, acredita.

Matrículas em Ensino Básico cai 1,13 milhão

Redação Universo Educação

O Brasil registrou neste ano 1,13 milhão de matrículas a menos no ensino básico do que o contabilizado em 2008, de acordo com dados preliminares do Censo Escolar. O número representa uma queda no período de 2,3% do total das matrículas nas redes pública e particular. A diferença foi justificada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. "Isso não significa que tenha aumentado o número de crianças fora da escola. Pelo contrário. Os números estão caindo por bons motivos", disse. O ministro atribuiu a queda à mudança na metodologia do censo - que começou a ser implantada em 2006 -, à redução na taxa de repetência e ao menor número de nascimento de crianças no País.

A redução de matrículas destoa dos dados registrados no período 2007-2008, quando houve um aumento de 203.940 no número de estudantes. Haddad não explicou, porém, porque no ano passado, quando a nova metodologia do censo já estava em uso e a tendência de queda da natalidade também havia sido registrada, o número de matrículas aumentou.

Embora os dados sejam preliminares, a expectativa é de que não haja mudança significativa na versão final do censo. "Haverá um ajuste, mas muito pouco relevante", afirmou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Reynaldo Fernandes. Estados e municípios têm 30 dias, a partir de ontem, para avaliar os números publicados e, se necessário, fazer correção.

No período será permitido também que as escolas que não enviaram os dados atualizem as informações. O Censo Escolar é usado para calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), as médias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola e o valor de transferência de recursos públicos para alimentação, transporte, distribuição de livros, uniformes e aporte do Fundeb - fundo que ajuda a financiar o ensino básico na rede pública. O ministro observou que, caso esses dados não seja enviados de forma correta, há o risco de instituições receberem menos recursos do que o seria devido.

Além da queda de matrículas, os dados preliminares do censo mostram que o número de escolas registradas também caiu no período 2008-2009. Este ano foram contabilizados 194.546 estabelecimentos de ensino de educação básica. Em 2008, haviam sido informados 199.761. A maior queda foi no Nordeste - diferença de 3.490 escolas. No Sudeste, a redução foi de 428.

A mudança de metodologia do censo começou a ser implantada em 2006. Até então, os números apresentados por cidades e municípios eram gerais. A partir daquele ano, tornou-se obrigatória a identificação dos alunos, o que permite o cruzamento de dados para verificar, por exemplo, se a criança estava matriculada em mais de uma instituição.

Com Informações do jornal O Estado de São Paulo.