sexta-feira, 9 de abril de 2010

Escolas Estaduais sem professor

redação Universo Educação

Algumas escolas estaduais da cidade estão sem professor desde fevereiro. Turmas de Ensino Médio, quando os alunos já estão em preparação para o vestibular, chegaram a ficar sem professor em matérias essenciais, como Química e Física. A coordenadora Regional de Educação do Médio Paraíba II, Gilma Silvério Ribeiro, diz que o problema já está sendo resolvido. Ela prometeu que as vagas para professores das matérias básicas serão preenchidas até o final da próxima semana.

''Tenho uma menina estudiosa, boa, e quando olho o caderno dela não tem nada. Perguntei o que havia acontecido e ela disse que desde o começo das aulas está assim. Eles ficam muito sem conteúdo, prejudica mesmo. Já pensou: aí passa o ano inteiro e não tem nada'', preocupou-se a doméstica Eli de Fátima Santos, cuja filha dela está no segundo ano do Ensino Médio no Ciep 484 Toninho Marques.

"Estou sem professor nas matérias de Projeto, Química, nem me lembro mais", revelou a menina. O irmão, que está no sexto ano do Ensino Fundamental (antiga sétima série) no Colégio Estadual Piauí passa pela mesma situação. "Meus dois filhos estão sem professor. É evidente que prejudica a educação deles", lamentou a mãe.

A coordenadora Gilma disse que o problema se deve aos resultados do último concurso do estado, realizado no final de 2009.

''Teve o concurso, mas os aprovados não foram suficientes. Os que passaram já estão escolhendo as escolas em que querem ficar e até o final da semana acredito que já teremos o quadro completo. Nossa dificuldade mesmo é encontrar profissionais para as matérias de Filosofia e Sociologia'', argumentou Gilma.

A coordenadora explicou que acredita ter o problema resolvido em breve porque a distribuição de profissionais já começou. "Na quarta-feira já consegui alocar 34 professores de Português entre as 52 escolas da minha região - que compreende Volta Redonda, Barra Mansa e Rio Claro", observou. Sobre as críticas quanto à falta de conteúdo, Gilma discordou.

''Os alunos não estão sem atividades, os diretores estão trabalhando nos horários das matérias faltantes. Mas assim que fecharmos o quadro de professores, promoveremos uma compensação. Apesar de o primeiro bimestre fechar em abril, os alunos não serão prejudicados'', apontou ela.

Enem, Mais sem regionalismo

redação Universo Educação

Com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a caminho de consolidar-se como única porta de acesso às instituições federais de Ensino Superior no país, professores, alunos e escolas gaúchas terão uma difícil questão pela frente, sem muitas opções de resposta. Por que estudar os regionalismos se o Ministério da Educação garante que a prova tratará somente de assuntos nacionais?

Para professores de história, geografia e literatura, disciplinas onde o Rio Grande do Sul sempre teve espaço, a situação é delicada.

A incidência de questões sobre o Estado nessas provas, historicamente, sempre obrigou escolas a tratarem de escritores gaúchos, de episódios da história local, até mesmo da formação de Porto Alegre, e de peculiaridades do clima. Mas, se o Enem não cobrar mais isso, o temor é de que não haja mais motivo para os estudantes quererem aprender esses conteúdos.

''O MEC resolveu de forma muito simples dizendo apenas que o Enem não abordará regionalismos. Mas o que é regionalismo? Isso eles não esclareceram, é um conceito implícito e não debatido. Nesse contexto, por exemplo, Simões Lopes Neto é um autor que deve desaparecer do cenário'', afirma o professor de literatura Luís Augusto Fischer.

Apesar de considerar positiva a ideia da mobilidade de estudantes provocada pelo Enem e ser contra qualquer tipo de xenofobia, o professor teme que formas de cultura não hegemônicas como a gaúcha percam espaço. Acostumado com a ansiedade de vestibulandos, o professor de história do Unificado José Carlos Tamanquevis considera difícil convencer os alunos a estudarem temas que não serão cobrados no concurso.

''O Rio Grande do Sul tem uma das produções historiográficas mais ricas do Brasil graças ao número e à qualidade dos mestrados e doutorados que temos aqui. Com essa forma do Enem, o Ensino Médio deve deixar tudo isso de lado. Tirando esses conteúdos das provas, ninguém vai querer estudá-los. Um povo que não conhece seu passado pode repeti-lo'', adverte Tamanquevis.

Na geografia, a preocupação se repete. Saul Chervenski, também professor do pré-vestibular, prevê uma perda de interesse de ensinar e de aprender os fenômenos a partir da visão local. Segundo ele, isso culminará em uma legião de jovens esquecendo de sua relação com a comunidade.

''A geografia do Rio Grande do Sul se tornará tema apenas para quem já está na faculdade. As diferenças da metade norte e sul do Estado, a nossa hidrografia, as diferenças do nosso clima, por exemplo, ficarão de fora. Será como assistir a um noticiário de TV que não traz notícias da sua região'', afirma.

UERJ abre inscrições para exame de qualificação do Vestibular em 2011

redação Universo Educação

Começaram as inscrições para o primeiro exame de qualificação do vestibular 2011 da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). O prazo se encerra em 30 de abril.

A prova é uma espécie de primeira fase do vestibular da Uerj. Mas, diferentemente da maioria dos processos seletivos, nesse o estudante tem mais de uma chance de mostrar o que sabe.

O exame de qualificação acontece duas vezes por ano – em junho e em setembro. Só é necessário participar de uma deles. Mas para quem fizer ambas as provas, ficará valendo a maior nota. A desvantagem é ter de pagar duas vezes a inscrição: R$ 41 cada prova.

A inscrição é feita via Internet, pelo site do Vestibular da Uerj. A partir de 25 de maio, os inscritos receberão cartão com local de prova.

O exame está agendado para 13 de junho e será de questões de múltipla escolha. O resultado sai em 22 de junho. Entre 6 e 29 de julho, os candidatos poderão se inscrever no segundo exame de qualificação, agendado para 12 de setembro.

A participação no exame de qualificação é obrigatória para fazer a prova discursiva, segunda fase do vestibular da Uerj. O processo seleciona também alunos para o Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) e Academias Militares de Bombeiro e de Polícia do Rio de Janeiro.

UFOP: Inscrições abertas para o meio do ano

redação Universo Educação

A Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto), de Minas Gerais, abriu nesta quinta (8) as inscrições para o Vestibular 2010 de meio do ano. Os candidatos devem se inscrever pelo site
www.vestibular.ufop.br, até 23 de abril. A taxa de inscrição, de R$ 80, deverá ser paga por meio de boleto de cobrança bancária, com vencimento em 26 de abril.

Os candidatos que cursaram integralmente todas as séries do ensino médio em escolas públicas têm direito à redução de 50% da taxa de inscrição.

Serão oferecidas 1.384 vagas em 35 cursos presenciais, em três campi, e 1.575 vagas em três cursos à distância, em 20 polos (BA, MG e SP). Do total de vagas de cada curso, 30% serão destinadas a egressos de escola pública (candidatos que cursaram integralmente os três anos do ensino médio regular em escola pública brasileira).

A primeira e a segunda etapas serão realizadas nos dias 19 e 20 de junho, em 20 cidades: Alterosa (MG), Belo Horizonte (MG), Divinolândia de Minas (MG), Governador Valadares (MG), Ipatinga (MG), João Monlevade (MG), Juiz de Fora (MG), Lagamar (MG), Mariana (MG), Montes Claros (MG), Ouro Preto (MG), Pouso Alegre (MG), Salinas (MG), Uberlândia (MG), Itapevi (SP), Ribeirão Preto (SP), São José do Rio Preto (SP), São José dos Campos (SP), Vitória (ES) e Mata de São João (BA).

As provas de múltipla escolha terão 100 questões, com pesos, dependendo do curso pretendido: Física, Química, Biologia, História e Geografia (12 questões de cada), Matemática (16 questões), Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (16 questões) e Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol – 8 questões). Todos os candidatos farão também uma redação.

A prova terá 4 horas de duração, em cada dia – 60 questões de múltipla escolha no primeiro dia, 40 questões de múltipla escolha mais a redação no segundo dia. A nota de corte das provas da primeira etapa decidirá quem terá a redação corrigida.

Os cursos na modalidade presencial são de Administração, Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Ciência da Computação, Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Ciências Biológicas, Ciências Biológicas (licenciatura), Ciências Econômicas, Comunicação Social (Jornalismo), Direito, Educação Física (licenciatura), Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Engenharia de Minas, Engenharia de Produção, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Geológica, Engenharia Mecânica, Engenharia Metalúrgica, Estatística, Farmácia, Filosofia (licenciatura e bacharelado), História (licenciatura e bacharelado), Letras (licenciatura e bacharelado), Medicina, Museologia, Nutrição, Pedagogia (licenciatura), Química (licenciatura), Serviço Social, Sistemas de Informação e Turismo.

Os cursos na modalidade à distância são de Administração Pública, Matemática (licenciatura) e de Pedagogia (licenciatura).

Enem

A Ufop decidiu que não utilizará o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como forma de selecionar candidatos para o Vestibular 2010 de meio do ano. Outra resolução tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) foi que candidatos de cursos presenciais e à distância farão a mesma prova, inclusive os participantes do Programa de Ações Articuladas (PAR).

Os livros indicados são os seguintes:

- Os ratos - Dyonelio Machado
- Solombra - Cecília Meireles
- Os dous ou O Inglês maquinista - Martins Pena

Escola pode ser punida com ''Pulseira do Sexo''

redação Universo Educação



Apresentado em regime de urgência e já aprovado em primeira votação, um projeto de lei proíbe o uso das chamadas "pulseirinhas do sexo" nas escolas tanto da rede pública quanto particular de Campo Grande.

Pelo projeto de lei, as escolas que permitirem o uso das pulseiras poderão ser multadas em até R$ 2.000, além do risco de ter o alvará de funcionamento suspenso ou cassado.

A proposta dos vereadores Magali Picarelli e Paulo Siufi (os dois do PMDB) também determina que as instituições de ensino realizem palestras e reuniões aos pais e alunos sobre educação sexual e planejamento familiar.

"O principal objetivo deste projeto de lei é garantir a proteção dos alunos, que, em razão de um modismo perigoso, estão sujeitas à violência", diz Magali. A proposta ainda terá que ser aprovada em uma segunda votação antes de seguir para a sanção do prefeito Nelson Trad Filho.

Jogo perigoso

As pulseirinhas de silicone, de várias cores, têm caráter sexual. A cor da pulseira indica até onde os carinhos ou a atividade sexual pode chegar.

"À primeira vista, uma colorida pulseira de plástico nos pulsos de crianças parece inocente. Mas na realidade elas são códigos para as suas experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até ao sexo propriamente dito", disse a parlamentar.

A polêmica começou após a morte de duas adolescentes em Manaus que usavam as pulseiras. A polícia acredita que o uso do acessório pode ter motivado o crime.

Em Londrina, uma menina de 13 anos, que usava a pulseira, foi violentada por quatro jovens.

Manoel Gomes, diretor da Sanesul, fala sobre o lançamento da redação

redação Universo Educação

O diretor de administração e finanças da Sanesul, Manoel Gomes, fez o lançamento do concurso de redação “Beba Saúde” em Corumbá. Durante o evento, o diretor da escola anfitriã parabenizou a Sanesul por incentivar a educação e a consciência ambiental nas crianças.

O lançamento do concurso foi realizado na escola estadual Maria Helena Albaneze, localizada no bairro Popular Nova, em Corumbá, e contou com a presença de autoridades locais.

O primeiro a discursar foi o vereador Marcelo Yunes, que parabenizou a iniciativa da Sanesul, ressaltando o envolvimento dos jovens e das crianças junto aos temas ligados à preservação ambiental. “O futuro de Corumbá, e do planeta, são as crianças. Por isso, desejo muito sucesso a todos, para que produzam ótimas redações”.

Em seguida, o diretor da Sanesul, Manoel Gomes, chamou a atenção dos alunos presentes para que levassem a consciência ecológica e de preservação dos recursos hídricos aos pais e vizinhos. Manoel solicitou também que as crianças se empenhem e pesquisem sobre o tema junto à escola, professores, livros e internet.

“A carência de água no planeta já está sendo sentida em alguns locais. Por isso, é importante que todos se conscientizem de que a água e essencial para a vida, não só para consumo humano, mas também para a produção de quase tudo o que conhecemos”, enfatizou.

Muito emocionado, o diretor da escola, professor Waldir de Arruda Souza, disse que “o concurso de redação é um presente que a Sanesul está oferecendo à educação”. O professor solicitou aos docentes que auxiliem seus alunos para que tenham sucesso com as redações. “Mas eu vou torcer para o sucesso de todos os educando, independente da escola que ganhar”, finalizou.

Participaram do evento o diretor de administração e finanças Manoel Gomes, o gerente regional de Corumbá, Januário Ximenez Neto, os gestores Sammer Abdalah, Sérgio Philbois e Bruno Fabi, o técnico em saneamento Marcos Urt, e os prestadores de serviço Ednir Ferreira Mendes e Josué Soares Vasquez, da Fortesul, que ajudaram na montagem do evento.

Também compareceram ao lançamento do concurso os diretores de escola Waldir de Arruda Souza (EE Maria Helena Albaneze) e Noélia de Souza Novaes (EE Otacílio Faustino da Silva), os vereadores Marcelo Yunes, Marquinhos e Antônio Rufos, Corumbá, e Mírian de Oliveira, de Ladário, além de representantes das secretarias de educação e de meio ambiente.

Concurso "Beba Saúde"

Promovido pela Sanesul e pela SED, o concurso foi aberto durante as comemorações ao Dia Mundial da Água, 22 de março. Participam crianças do 5º e 6º ano das escolas da rede estadual de ensino dos municípios sede da Sanesul. Os vencedores receberão prêmios em dinheiro. A inscrição é gratuita e pode ser feita até o dia 30 de abril nas escolas participantes.

O objetivo do concurso é promover o debate na comunidade escolar sobre a importância da água na vida das pessoas e na preservação do meio ambiente, ajudando na formação educacional dos estudantes. O resultado do concurso será divulgado durante as comemorações ao Dia do Meio Ambiente, 5 de junho.

Guia Prático da Nova Ortográfia

PROF. CLÓVIS
colaboração para o Universo Educação



O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações.


Por exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Trema

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era: agüentar, argüir, bilíngüe, cinqüenta, delinqüente, eloqüente,ensangüentado, eqüestre, freqüente, lingüeta, lingüiça, qüinqüênio, sagüi,seqüência, seqüestro, tranqüilo,

Como fica: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta, delinquente, eloquente, ensanguentado, equestre, frequente, lingueta, linguiça, quinquênio, sagui, sequência, sequestro, tranquilo.

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.

Mudanças nas regras de acentuação

Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era: alcalóide, alcatéia, andróide, apóia, apóio(verbo apoiar), asteróide, bóia,celulóide, clarabóia, colméia, Coréia, debilóide, epopéia, estóico, estréia, estréio (verbo estrear), geléia, heróico, idéia, jibóia, jóia, odisséia, paranóia, paranóico, platéia, tramóia.

Como fica: alcaloide, alcateia, androide apoia, apoio (verbo apoiar), asteroide, boia, celuloide, claraboia, colmeia, Coreia, debiloide, epopeia, estoico, estreia, estreio(verbo estrear), geleia, heroico, ideia, jiboia joia, odisseia, paranoia, paranoico, plateia tramoia.

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis.
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.

Como era: baiúca, bocaiúva, cauíla, feiúra.

Como fica: baiuca, bocaiuva, cauila, feiura.

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece.


Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era: abençôo, crêem (verbo crer), dêem (verbo dar), dôo (verbo doar), enjôo, lêem (verbo ler), magôo (verbo magoar), perdôo (verbo perdoar), povôo (verbo povoar), vêem (verbo ver), vôos, zôo.

Como fica: abençoo creem (verbo crer), deem (verbo dar), doo (verbo doar), enjoo, leem (verbo ler), magoo (verbo magoar), perdoo (verbo perdoar), povoo (verbo povoar), veem (verbo ver), voos, zoo.

Não se usa mais o acento que di-ferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era: Ele pára o carro. Ele foi ao póloNorte. Ele gosta de jogar pólo. Esse gato tem pêlos brancos. Comi uma pêra.

Como fica: Ele para o carro. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pera.

Atenção: Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular.


Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.

Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.

Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.

Exemplos:


verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.

b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.

Exemplos: (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.

Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

Uso do hífen

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo. As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, in-fra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice, etc.

Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.

Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.

Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semiopaco.

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.

Exemplos: anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoproteção, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno.

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.

Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.

Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.

Exemplos: antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema, minissaia, multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, Ultrassom.

Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.

Exemplos: anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-inflamatório, auto-observação, contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato, semi-interno.

6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.

Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.

Atenção: Nos demais casos não se usa o hífen.

Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.

Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.

Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.

Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante, superotimismo.

Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.

Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, sem-terra.

Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.

Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.

Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.

Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé.

Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.

Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-alunos.

Resumo

Emprego do hífen com prefixos.

Regra básica - Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.

Outros casos:
Prefixo terminado em vogal: Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
Sem hífen diante de r e s.
Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.

Prefixo terminado em consoante:
Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

Observações:
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc.


Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.

Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.

Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.

Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.

Bemvindo, Ou Bem-Vindo?

Prof. Pasquale Cipro Neto

"Bem-vindo a São Paulo", "Seja bem-vindo a Guaratinguetá". Quando se chega a uma cidade, ? comum vermos placas desse tipo. Mas há também aquelas que, em vez de "bem-vindo", trazem "benvindo". Perguntamo-nos então se uma forma vale pela outra, se é indiferente usar uma e outra. Vejamos uma letra do grupo Engenheiros do Havaí, chamada "Simples de coração":

(...)
antes que eu saia
pela tangente
no giro do carrossel
falta uma volta (ponteiros parados):
tudo dança em torno de ti
volta voando... fim da viagem:
bem-vinda à vida real.


A letra dá uma dica: "...fim da viagem: bem-vinda à vida real...". "Bem-vinda" é o feminino de "bem-vindo" e grafa-se com hífen também.

Os dicionários brasileiros dão "bem-vindo" com hífen quando o sentido é o de saudação. No entanto indicam que existe também a forma "Benvindo" (com "n" e sem hífen) como nome de pessoa: "Benvindo" para homens e "Benvinda" para mulheres.

A grafia do adjetivo com que se faz a saudação pede hífen. Há um detalhe, porém. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, registra duas grafias para a saudação: "bem-vindo" e "benvindo". Como o vocabulário tem força de lei, concluímos que essa grafia também é possível.





No ar desde agosto de 1994, o programa trata, sem preciosismos, das dificuldades lingüísticas que enfrentamos ao falar o nosso idioma. O prof. Pasquale Cipro Neto examina filmes publicitários, letras de músicas, poemas, HQ, depoimentos de personalidades e populares, artigos da imprensa, programas de TV e o que mais seja de nossa expressão lingüística. Consulte aqui a íntegra dos módulos, organizados segundo critérios da gramática.