terça-feira, 13 de outubro de 2009

Um Pais sem Educação

Se você tivesse que explicar o sucesso da economia americana com uma palavra, esta palavra seria educação. No século 19, os Estados Unidos lideraram o caminho para a educação básica universal. Assim como outras nações que seguiram o exemplo, a revolução do ensino médio, no início do século 20, colocou o país em um novo nível. E nos anos seguintes à II Guerra Mundial, a América estabilizou sua posição estratégica na educação de ensino superior.

Mas isso era então. O crescimento da educação americana foi, predominantemente, o crescimento do ensino público – e pelos últimos 30 anos a cena política americana tem sido dominada pela visão de que todo e qualquer gasto do governo se trata de desperdício dos dólares do contribuinte. E a educação, como um dos maiores componentes do gasto público, invevitavelmente tem sofrido.

Até agora, os resultados dessa negligência têm sido graduais, como a erosão em câmera lenta da posição relativa dos Estados Unidos. Mas as coisas estão prestes a piorarem ainda mais, quando a crise econômica – seu efeito exacerbado por comportamentos que passam por “responsabilidade fiscal” em Washington – deu um severo golpe no quadro da educação.

Sobre a erosão tem surgido, recentemente, um turbilhão de relatórios relacionados com ameaças à predominância das universidades da elite. O que não tem sido relatado na mesma medida, pelo menos o que eu vi, é o declínio relativo em medidas mais reais. Os Estados Unidos, que costumavam tomar a iniciativa na educação de seus jovens, têm ficado gradualmente para trás de outros países avançados.

A maioria das pessoas, eu suspeito, ainda tem em mente uma imagem do país como a grande terra da educação superior, oferecido à população geral. A imagem correspondia à realidade. Mas, nos dias de hoje, os jovens americanos estão consideravelmente menos propensos a se formarem na faculdade do que as pessoas de muitos outros países. Na verdade, temos um índice de graduação levemente abaixo da média das economias avançadas.

Mesmo sem os efeitos da crise atual, haveria razões para esperar uma queda ainda maior neste ranking, até porque tornamos difícil para aqueles financeiramente limitados permanecerem nas instituições. Nos Estados Unidos, com sua fraca rede de segurança social e ajuda limitada ao aluno, os estudantes estão muito mais propensos do que em países semelhantes, como, digamos, a França, a manterem empregos em tempo parcial enquanto frequentam as aulas. Não é surpreendente, devido às pressões financeiras, que jovens americanos estejam também menos propensos a permanecerem na faculdade do que se tornarem trabalhadores em tempo integral. A crise adicionou enorme estresse ao decadente sistema educacional.

A economia dos Estados Unidos perdeu 273 mil empregos no último mês – 29 mil das quais na educação estadual e local, elevando o total de perdas na categoria ao longo dos últimos cinco meses para 143 mil postos. Pode não parecer muito, mas educação é uma das áreas que deveriam manter o crescimento mesmo durante a recessão. Os mercados podem estar com problemas, mas não há razões para parar de ensinar nossas crianças. E é exatamente isso que estamos fazendo.

Não há mistério sobre o que está acontecendo. Educação é principalmente responsabilidade dos governos estaduais e municipais, que estão em terrível aperto fiscal. Apoio federal adequado poderia ter feito grande diferença. Mas enquanto alguns auxílios têm sido concedidos, isso representa apenas uma fração do déficit. Em parte, foi por isso que senadores de centro, em fevereiro, insistiram em retirar muito da ajuda do American Recovery and Reinvestment Act, conhecido como projeto de estímulo. Como resultado, educação está no bloco do corte. Professores demitidos são apenas parte da história. Ainda mais importante é a forma como estamos fechando oportunidades.

Por exemplo, a Chronicle of Higher Education relatou a situação da comunidade de universitários na Califórnia. Por gerações, os estudantes talentosos de famílias menos abastadas têm utilizado as faculdades como ponto de partida para as universidades públicas do Estado. Mas, em face da crise no orçamento estadual, as universidades foram obrigadas a fechar as portas aos alunos com potencial de transferência. O resultado, quase certamente, será prejuízo para as perspectivas de vida de muitos alunos – e um grande e gratuito desperdício de potencial humano. Então, o que deveria ser feito?

Primeiro de tudo, o Congresso tem de reparar os pecados de fevereiro, e aprovar uma nova grande rodada de ajuda aos governos estaduais. Não precisamos chamar de incentivo, mas seria uma forma muito eficaz de criar ou salvar milhares de empregos. E seria, ao mesmo tempo, um investimento em nosso futuro. Além disso, precisamos acordar e perceber que uma das chaves para o sucesso histórico do nosso país agora é um bem esgotável. A educação tornou os Estados Unidos grande. A negligência da educação pode reverter o processo...

Tradução: Régis Souza

Já iniciou a temporada de matriculas na rede Pública

Redação Universo Educação

Os pais já podem começar a preparar a documentação para a temporada de matrículas na rede pública de ensino. Na próxima semana começam as inscrições para o ensino regular. De 19 a 22 de outubro estarão abertas vagas para a Educação Infantil (crianças de 4 e 5 anos completos até 30 de junho), Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Para os pais que querem matricular os filhos na Educação Especial o período de matrículas já começou. Desde 5 de outubro são realizadas as matrículas para pessoas com deficiência. As vagas que começaram a ser disponibilizadas no começo do mês são para matrículas novas, para transferências é preciso procurar a direção ou a secretaria geral da escola em que o aluno estiver matriculado em 2009.

“As inscrições para Matrícula Nova, em instituição educacional da Rede Pública de Ensino do DF, no ano letivo de 2010, poderão ser realizadas, por meio do Sistema Informatizado de Matrícula – Telematrícula – no telefone 156, opção 2 ou via Internet no período indicado”, informa o site do Governo do Distrito Federal (GDF).

Para os que preferem a internet ao telefone, o site para as inscrições é o
www.matricula.df.gov.br, que estará com as opções de matrícula abertas somente durante o prazo determinado pela Secretaria de Educação. No ato da inscrição é preciso ter o nome completo do estudante, da ta de nascimento, nome completo da mãe, endereço com o Código de Endereçamento Postal (CEP) da residência ou do trabalho e a série ou ano que o estudante cursará em 2010.