quinta-feira, 15 de abril de 2010

Palavras homófonas: "arrochar" e "arroxar"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Todos sabemos que em muitas situações o "x" tem o mesmo som que o grupo "ch". Isso muitas vezes nos deixa em dificuldades na hora de escrever. Veja este trecho de "Me pegue pra chamegar", música de Tadeu Mathias gravada por Elba Ramalho:

Eu sou, eu sei que sou o seu amor
eu vou a noite toda com você
nesse chamego arrochado
que me deixa louca de tanto prazer

O vócabulo "arrochado" é escrito com "ch" e significa apertar. "Nesse chamego arrochado" é uma construção equivalente a "nesse chamego apertado, agarrado". Os dicionários dizem que "arrochar" com "ch" é palavra de origem obscura, ou seja, não se sabe ao certo qual é a origem, mas sabe-se que o significado é esse.

Existe também "arroxar", com "x", forma equivalente a "roxear" e "arroxear". Ambos os termos dizem respeito à palavra "roxo". Então "arroxar", "arroxear" e "roxear" significam "tornar(-se) roxo".

A palavra "subdelegado" tem ou não hífen?

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



O prefixo "sub-" só exige hífen quando a palavra seguinte, ou seja, seu radical, começar com "b" ou "r". Exemplos:

sub-base, sub-bibliotecário
sub-raça, sub-reptício, sub-reitor...

Assim, "subdelegado" não tem hífen porque a palavra "delegado" não começa com nenhuma das duas letras: "b" ou "r".

Para a maioria esmagadora dos prefixos, vale o hífen se o radical da palavra seguinte começar com "h", "r", "s" e vogal.

Prefixos:

auto - extra
intra - semi
contra - infra
pseudo - ultra

Exemplos:

auto-serviço, contra-regra,
pseudo-autor, semi-árido,
extra-oficialmente, infra-estrutura,
ultra-humano...

Segundo essa regra, não é possível escrever com hífen as palavras "autoconfiança", "contracapa", "extraconjugal", "infravermelho" etc. Nenhuma delas tem seus radicais iniciados por "h", "r", "s" ou vogal.

Existem alguns prefixos que se enquadram numa terceira regra. O "Nossa Língua Portuguesa" perguntou ao povo nas ruas: "Como você escreve antiinflamatório e antiinflacionário?". A maior parte das pessoas infelizmente errou, embora certamente use essas palavras no dia-a-dia.

Os prefixos "anti-", "ante-" e "sobre-" exigem hífen quando o radical começa com "h", "r" e "s". Não é o caso das palavras sugeridas ao público, pois antiinflamatório e antiinflacionário começam com vogal.

Ciências Sociais Aplicadas

do Universo Educação

Uma simples palavra, um gesto isolado ou um amontoado de números só ganham sentido se, por trás deles, estiver o desejo humano de modificar e interagir com o meio social. Ações que para alguns são realizadas de forma natural, como um simples hábito cotidiano, tornam-se, para outros, preciosas matérias-primas de trabalho e pesquisa. E com mais de 180 milhões de brasileiros se relacionando a todo momento para transformar e (re)criar o espaço, campo para estudos é o que não falta na área de conhecimento das Ciências Sociais Aplicadas.

Seja no ramo da economia, habitação, informação ou cultura, o interesse do homem é a base presente nas ementas dos currículos dos 14 cursos dessa área. Isso explica porque graduações aparentemente bem distantes, como Comunicação Social, Ciências Contábeis e Arquitetura, por exemplo, dividem o mesmo espaço dentro das Ciências Sociais Aplicadas. “Hoje, a Arquitetura se encaixa nessa área porque consegue resolver os problemas da sociedade relacionados à organização do espaço físico”, explica Flávio de Lemos Carsalade. Já os contabilistas se “preocupam com os números utilizados no cotidiano das pessoas”, completa, Geová José Madeira. Dessa forma, as questões sociais estão sempre em primeiro lugar e, por isso, desvendar as necessidades e conseqüências da vida na sociedade são tarefas prioritárias para quem pretende trilhar esse caminho de infinitas possibilidades.

Curso de Direito

do Universo Educação



O Curso de Direito é um dos mais concorridos do país. Estima-se que hoje exista mais de 500.000 estudantes de direito em todo Brasil.

O curso de direito tem duração de 5 anos e ao término do curso o estudante se torna bacharel, não podendo ainda exercer a profissão. Ao estudar em uma faculdade de direito o estudante obterá todo conhecimento necessário para exercer uma das muitas profissões relacionadas ao curso de direito, contudo precisa antes ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

O curso de direito exige que o estudante leia bastante e desenvolva sua capacidade de análise e de associação de idéias.

O formando pode optar profissionalmente por advogar ou seguir carreira jurídica podendo atuar nas áreas de Advocacia, Delegado de Polícia, Magistratura, Promotoria e Procuradoria da Justiça, ou tornar-se um profissional liberal

O Curso

Os cursos de Direito no Brasil sofreram uma redução de 6.323 vagas nos vestibulares desde 2008. O corte no número de vagas do curso de direiro foi determinado pelo Ministério da Educação (MEC) e faz parte do acordo assinado com as instituições de direito que obtiveram um resultado insatisfatório no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os maiores afetados por esta medida foram as instituições que abriram seus cursos de direito no ano anterior.

Hoje os cursos de direito são supervisiona dos pelo MEC que relaciona os dados do Enade com o da prova da OAB. Esta supervisão é importante para queo estudante receba um ensino de qualidade e esteja preparado para exercer sua profissão, além de ser aprovado nos exames regulamentadores.

No PR, Sete escolas iludidas com falso prêmio

do Universo Educação

Pelo menos sete instituições de ensino no Paraná caíram no golpe do falso prêmio do Ministério da Educação (MEC). O Instituto Bra sileiro de Pesquisa de Qualidade Gomes Pimentel (IBPQGP), sediado em Guarulhos (SP), fingia dar um prêmio em nome do governo federal. E cobrava entre R$ 2 mil e R$ 3 mil das instituições que recebiam o “Prêmio Nacional de Ex celência em Qualidade no En sino”. O MEC nega vinculação com o instituto e a Polícia Federal está investigando o caso.

Segundo denúncia feita anteontem pelo jornal Folha de São Paulo, 150 escolas, cursinhos, supletivos, centros universitários e faculdades eram “premiadas” pelo Instituto desde 2005. Entre elas estão instituições reprovadas ou mal avaliadas pelo MEC. O prêmio só seria entregue após um pagamento. Até o ano passado, o valor era de R$ 2 mil. Para a entrega da premiação neste ano, o valor teria subido para R$ 3 mil. Após a denúncia, o instituto cancelou a edição 2010 do prêmio.

De acordo com a lista publicada pelo jornal, sete instituições paranaenses caíram no golpe em 2009 (veja no infográfico). Os representantes do instituto diziam que o prêmio se devia ao bom desempenho das escolas em avaliações do MEC. O valor pago serviria para ajudar a bancar a festa de entrega da premiação.

Um dos colégios listados na edição de 2008 do “prêmio” nega ter feito pagamento ao Instituto Gomes Pimentel. A diretora do Colégio Anjos Custódios, Irmã Maria Gonçalves, disse que recebeu durante vários anos a indicação por e-mail, mas nunca respondeu ao instituto e nem pagou por participação em jantares. “Sempre desconfiei da idoneidade deste prêmio”, diz. Porém a notícia da indicação do prêmio ainda consta no site do colégio, que está localizado em Marialva, Região Noroeste do estado.

Na carta publicada no site do colégio e assinada pelo diretor-geral do Instituto Gomes Pi mentel, Luiz Nogueira, dados da avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) e do Ministério da Educação são citados como fontes da pesquisa para a premiação. A reportagem tentou contato com representantes do instituto, mas ninguém atendeu ao telefone informado no site.

MEC

Em nota enviada à imprensa, o MEC negou qualquer tipo de vinculação à premiação e afirmou ter solicitado à Polícia Federal abertura de investigação e inquérito por falsidade ideológica e formação de quadrilha – além de eventuais crimes relacionados, já que o grupo utilizava o nome do MEC e as marcas do governo federal na emissão dos certificados. Na esfera cível, o MEC, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), vai pedir imediatamente que o Instituto Gomes Pimentel identifique todas as instituições que receberam certificados, para que os recolha, além de proibir a emissão de novos papéis desse tipo.

O presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), Ademar Pereira, afirma que a entidade não recebeu reclamações de instituições de ensino que foram lesadas pelo “falso prêmio”. “É preciso ficar atento e em caso de dúvida entrar em contato conosco. O Sindicato tem estrutura jurídica para verificar a idoneidade da empresa que está oferecendo o serviço”, diz. Outras informações podem ser obtidas no site
www.sinepepr.org.br.