terça-feira, 13 de abril de 2010

"Dia-a-dia" ou "dia a dia"?

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



A expressão "dia a dia" é com hífen?

Se você consultar um dicionário, terá como resposta "dia-a-dia". Exatamente assim, com hífen. Mas... não se dê por satisfeito, não. O uso do hífen depende do caso. Veja o texto deste anúncio, de um shopping center de São Paulo, veiculado em outdoors:

O dia-a-dia das mães é aqui.

No anúncio, "dia-a-dia" é sinônimo de "cotidiano". A expressão está substantivada e grafa-se com hífen.

Dia-a-dia = cotidiano

"Dia a dia" pode ser escrita sem hífen também, como na canção "Pacato cidadão", gravada pelo Skank:

Pacato cidadão, te chamei a atenção
não foi à toa, não
C’est fini la utopia mas a guerra todo dia
dia a dia, não
Tracei a vida inteira planos tão incríveis
Tramo a luz do sol
Apoiado em poesia e em tecnologia
Agora a luz do sol

Nesse caso, "dia a dia" não tem o sentido de "cotidiano". Quer dizer antes "diariamente", "todo dia". Trata-se de um advérbio. Nesse caso, o hífen está dispensado.

dia a dia = dia após dia, diariamente

Veja outros exemplos de "dia a dia" sem hífen:

Ela melhora dia a dia.
Ela melhora dia após dia.
Ela melhora diariamente.

A expressão "dia-a-dia", portanto, só é grafada com hífen quando é substantivada, quando aparece na frase como substantivo.

Por essas e por outras, preste sempre atenção quando for consultar o dicionário. Deixe a pressa de lado e leia o verbete até o fim.

Ciências Biológicas

do Universo Educação

A biologia é a ciência que estuda todas as formas de vida, passando pela flora, pela fauna e até pelo desenvolvimento humano. O biólogo pesquisa a origem, a evolução, a estrutura e o funcionamento dos seres vivos. Ele analisa as relações entre os diversos seres e entre eles e o meio ambiente. O vasto campo de estudos na graduação permite que depois de formado o profissional siga caminhos diversos, conforme seu interesse. Da pesquisa com células-tronco ao trabalho ambiental ou ao magistério, a carreira do biólogo é abrangente e promissora, em razão, especialmente,da crescente preocupação, em nível mundial,com o meio ambiente.A atuação desse profissional é ainda fundamental na descoberta de aplicações de organismos na medicina, no desenvolvimento de medicamentos,e na indústria, em áreas de fabricação de bebida se de alimentos. O biólogo pode especializar-se em áreas tão diversas de meio ambiente como são a de genética e a de biotecnologia. "Independentemente da área, o biólogo precisa ter uma boa capacidade de observação e redação; afinal, a profissão é baseada na observação de fatos, descrição e discussão da importância de cada resultado, como um tipo de jornalista da natureza", explica a bióloga técnica especializada em fauna Diana Levacov. "O profissional também precisará de habilidades específicas de acordo com o ramo que vier a escolher", acrescenta a bióloga. Ela cita ainda habilidades específicas como mergulho, escalada, conhecimento em matéria de fotografia, o domínio de diferentes idiomas e a desenvoltura para trabalhar tanto em campo como em laboratório. Com relação às oportunidades de trabalho, estão em alta as áreas de consultoria para Estudo se Relatórios de Impacto Ambiental (EIA se Rimas) e para a sustentabilidade ambiental de empresas. "Setores de turismo ecológico e direito ambiental também estão crescendo bastante, mas a biologia é uma caixinha de surpresas, e fica difícil prever quais áreas vão despontar", esclarece Diana Levacov.

Mercado de Trabalho

O campo de atuação para o biólogo se amplia a cada dia e tem boas perspectivas, sobretudo pelo anúncio do presidente norte-americano Barack Obama do fim do veto ao uso de verba pública para pesquisas com células-tronco nos Estados Unidos. A medida deve impulsionar ainda mais os estudos na área da genética e influenciar o mundo todo. Genoma, biologia molecular e bioinformática (desenvolvimento de programas para estudos do genoma) são campos bem desenvolvidos, com mais ofertas no Sudeste e Sul do país, que ainda concentram grande parte das verbas destinadas à pesquisa. Na área ambiental, cresce a procura por especialista sem biologia agrícola. Nela, o profissional realiza o manejo da fauna e da flora. Umas das linhas de trabalho e pesquisa mais recentes é a de biorremediação, técnica que utiliza microrganismos para recuperar ambientes degradados, como solos ou rios poluídos. Empresas como a BioGeoTec, de Piracicaba, e a AgSolve, de Indaiatuba, ambas no interior de São Paulo, trabalham com esse tipo de tecnologia e costumam ter biólogos em suas equipes. "Esse é um bom exemplo de área nova, pouco conhecida, mas que gera oportunidade para muita gente",explica Lenira Maria Nunes Sepel, coordenadora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A professora lembra, no entanto, que, quanto mais nova a área, maior a necessidade de formação específica, obtida na pós-graduação. As regiões Norte e Nordeste têm especial demanda em órgãos públicos, em que o especialista se dedica à elaboração de relatórios de impacto ambiental. Os investimentos em pesquisa de biocombustíveis também criam emprego, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste. Os bacharéis podem, ainda, ser empreendedores e prestar consultoria para empresa se prefeituras em educação ambiental. Nessa mesma área, começam a surgir oportunidades no setor do turismo ecológico.

Curso

Que ninguém se iluda: o currículo de Ciências Biológicas é carregado de matemática. Aulas de física e estatística dividem a grade com disciplinas específicas, como zoologia, genética e botânica. Durante os quatro anos de curso há também práticas de laboratório e pesquisa em campo. Ainda que não seja remunerado, um estágio vale muito na hora de procurar uma colocação no mercado. Algumas escolas exigem trabalho de conclusão de curso. Para dar aulas no ensino fundamental ou médio é preciso cursar a licenciatura, que, em algumas instituições, são oferecidas com diferentes denominações, como Ciências (biologia), Ciências Naturais (biologia também) e Educação (ciências biológicas). E, como em qualquer área,para lecionar no ensino superior é necessário ter pós-graduação.

Outros nomes: Biol.; Biol. (ciên. amb.); Biol. (gen. e biol.molecular); Biol. e Quím.; Biol. Marinha; Ciên.; Ciên.(biol. e quím.); Ciên. (biol.); Ciên. da Natureza; Ciên. Da Natureza (biol.); Ciên. da Natureza para o Ens. Fundam.;Ciên. da Vida; Ciên. Naturais; Ciên. Naturais (biol.); Ciên.Naturais (fís.); Ciên. Naturais (quím.); Ciên.: biol.; Ciências Biológicas; Educ. (ciên. biol.); Educ. (ciên.: biol.).

O Que Fazer:

Bioinformática

Desenvolver programas de computação para uso em pesquisas genéticas.

Biologia marinha

Pesquisar o cultivo, a reprodução e o beneficiamento de animais e organismos no mar ou em água doce.

Controle de pragas e vetores

Planejar e aplicar técnicas para controlar a transmissão de doenças entre animais e diminuir o impacto de pragas em lavouras.

Ensino

Lecionar em escolas do ensino fundamental, médio ou em faculdades. .

Genética e biotecnologia

Criar, manipular, reproduzir e estudar organismos em laboratório, buscando a melhoria de espécies animais e vegetais. Pesquisar a utilização de microrganismos na produção de medicamentos e alimentos. Realizar exames para o diagnóstico de doenças genéticas ou a determinação da paternidade, com base na análise de DNA.

Gerenciamento costeiro

Administrar o uso do mar e do solo em regiões costeiras, com o objetivo de minimizar o impacto na biodiversidade e preservar a qualidade de vida na região.

Meio ambiente

Promover programas de preservação de animais e vegetais, em órgãos públicos, ONGs, parques e reservas ecológicas. Elaborar relatórios de impacto ambiental.

Microbiologia

Investigar bactérias, fungos e vírus para a produção de alimentos e remédios

Ciências Agrárias

do Universo Educação



É do Profissional de Ciências Agrárias, um dos principais formadores e executores das políticas de desenvolvimento rural, que se pode esperar um importante aporte à solução dos problemas rurais. É imprescindível que esse profissional tenha uma profunda vivência do meio rural para conhecer as causas reais dos problemas e aplicar soluções que sejam compatíveis com os recursos disponíveis pelos produtores.

Para tal é preciso que o profissional tenha uma ampla visão do contexto em que está inserido e conheça as várias realidades existentes no país. Só assim poderá atuar de uma forma a contribuir efetivamente com o desenvolvimento da sociedade. Só a teoria, sem a vivência, não constrói o profissional demandado pelo mercado notadamente globalizado. O mercado é o todo e não a região de cada um. O profissional deve conhecer o contexto agrícola e agrário das várias regiões e se preparar melhor para enfrentar o mercado.

Então, uma grande missão está reservada às Faculdades de Ciências Agrárias em suas respectivas áreas de atuação e abrangência: a de dialogar com o setor público e privado, mostrando, de uma forma convincente, a importância que representam os profissionais em questão para o desenvolvimento do setor primário e para o crescimento da riqueza nacional. Só será possível expandir e racionalizar o processo produtivo pela participação efetiva de pessoal qualificado, passando para o campo da aplicação prática os programas elaborados.

O ensino de Ciências Agrárias tem boa qualidade no Brasil, embora ainda existam muitos desafios e ajustes para permitir profissionais mais qualificados. Os nossos cursos têm que formarem profissionais mais éticos e com uma visão humanística da profissão, sem descuidar dos aspectos técnicos. Só assim vamos conseguir que os nossos profissionais cumpram o seu verdadeiro papel social.

Inúmeras potencialidades deverão ser melhor aproveitadas com a ação do profissional de Ciências Agrárias, tais como: manejo mais racional do solo, utilização mais intensa da adubação orgânica, melhoria das pastagens nativas, melhoramento genético animal e vegetal e controle biológico.

Junto com a modernização tecnológica do setor produtivo, dever-se-á desenvolver o comportamento cultural do pequeno produtor, procurando, sempre, ao despertar potencialidades, fazê-lo em sua plenitude, isto é, lembrando que o agente do processo produtivo é o homem. Deve-se, portanto, ter sempre em mete que mais importante que os problemas de adequação tecnológica ou econômica são os de ordem social, e que os fenômenos ou processo econômicos são decorrência dos aspectos de desenvolvimento social.

Adotar políticas de ação conjunta que tenham como meta desenvolver as potencialidades agrícolas, elevando sim a renda líquida do produtor, mas, sobretudo, cuidando para que se obtenha, paralelamente, o crescimento cultural e o melhor bem-estar da família rural.

Esse profissional tem que saber usar os seus conhecimentos técnico-científicos na busca do desenvolver potencialidades, visando uma agricultura mais intensiva, com a utilização mais racional do uso do solo e dos recursos naturais, em geral, sem agredir o meio ambiente, tendo sempre em mente que a maior potencialidade a ser desenvolvida é o próprio agricultor.

Excelentes Exemplos: Ótimas notas na Escola

do Universo Educação

Se for preciso comprar um tênis para um estudante porque isso vai significar um melhor desempenho dele na escola, compra-se. Esse é o princípio do programa Jovem Futuro, do Instituto Unibanco, que dá apoio financeiro a escolas de Ensino Médio em todo o país. Além do recurso repassado mensalmente, a instituição dá lições de gestão às diretorias para que o dinheiro seja aplicado onde é mais necessário e para que os investimentos deem resultado. Seja uma sala de informática, um curso de aperfeiçoamento, um prêmio por desempenho ao professor. Ou um tênis.

O foco do instituto no longo prazo é melhorar a mão-de-obra disponível em solo brasileiro, isso porque o baixo nível educacional ainda é um dos principais obstáculos para o crescimento e o desenvolvimento do país.

André Urani, doutor em economia pelo Delta, de Paris, e pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), reforça a preocupação dos criadores do projeto:

''Um mundo globalizado não consegue gerar bons postos de trabalho para quem não tem Ensino Médio.'', afirma.

Os resultados parciais do programa mostram uma melhora significativa no rendimento dos alunos participantes. Em um ano, as escolas beneficiadas aumentaram o número de estudantes com proficiência em português e matemática. O mesmo crescimento levou cinco anos nas escolas não credenciadas.

Questionada sobre a eficácia do projeto, Wanda Engel, superintendente do Instituto e idealizadora do programa, comemora.

''As pessoas acreditam que, para mudar, se precisa fazer muito. O projeto prova que microrrevoluções, os pequenos milagres, são possíveis. Com relações sociais antagônicas, não tem sociedade sustentável para ninguém'' garante Wanda.