sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Fraude na Educação: Alunos que receberam diploma Falso na luta para recuperar dinheiro

redação Universo Educação

Dezenas de pais e estudantes lesados pelo Instituto Latino-Americano de Línguas (Ilal) fizeram ontem um protesto na sede da entidade, na 502 Sul. Além das reclamações por conta da fraude sofrida, estiveram no local para tentar reaver o dinheiro pago pelos serviços oferecidos sem valor diante das autoridades de educação — alguns investiram até R$ 3 mil por supletivos e certificados não reconhecidos pela Secretaria de Educação do DF e pelas universidades da capital do país. Não receberam nada de volta. E ainda ouviram de funcionários que deveriam pagar mais R$ 50 pelos documentos.

Quem sofreu o golpe, por exemplo, apareceu no Ilal também para se defender. Disse que não sabia da irregularidade. Criticou inclusive as instituições de ensino superior que aceitaram os diplomas atestados por empresas do Rio de Janeiro e obtidos com o Ilal. “Meu marido estudou, fez as provas, passou, mas agora viramos pessoas de má índole perante a sociedade? Isso não é justo”, afirmou a empresária Ana Clara, 32 anos. O marido, Fábio Faria de Oliveira, 37, pagou R$ 740 em fevereiro para concluir o ensino médio pelo Ilal. Faria vestibular para teologia no início do ano. O recibo do Ilal atesta “supletivo”.

Fábio pagou R$ 740 para concluir o ensino médio pelo Ilal - (Monique Renne/CB/D.A Press)

Fábio pagou R$ 740 para concluir o
ensino médio pelo Ilal



O casal e as demais vítimas, no entanto, não conseguiram conversar com ninguém que se identificasse como dono do Ilal. Apenas funcionários e advogados tentaram defender a entidade, mas em reuniões privadas. A reportagem não pôde acompanhar os encontros e ainda pediram que se retirasse. Informaram que falariam sobre o assunto com a imprensa depois que resolvessem o problema com pais e alunos. Dois policiais militares acompanharam a movimentação do lado de fora da unidade da Asa Sul — há ainda uma na Asa Norte, uma em Águas Claras e duas em Taguatinga.

A atuação de cinco anos do Ilal no DF colocou sob suspeita a entrada de milhares de brasilienses na universidade. Por conta disso, pais e alunos têm medo de perder o dinheiro investido em educação. Uma enfermeira de 46 anos pagou R$ 3 mil por um certificado do Ilal.segundo vestibular do ano na Universidade de Brasília (UnB) e precisava de pressa para garantir a vaga. “Minha filha sempre foi excelente aluna e mereceu ser aprovada. Tentei pelo menos pegar meu dinheiro de volta, mas não consegui”, lamentou.

A família da cabeleireira Edna Maria da Silva, 48, também deve amargar prejuízos financeiros e educacionais. Ela gastou R$ 2,4 mil, pagos à vista, com o supletivo e o certificado de término de curso prometidos pelo Ilal. O filho de 17 anos usou o documento para garantir a vaga no Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), na 704/904 Norte. Passou no segundo semestre e começaria o curso no início de 2010. “Meu filho fez as provas no fim de outubro e ainda não recebeu nada. Perdemos tempo, dinheiro e vamos agora procurar um curso credenciado”, contou.

Parecer


As principais universidades do DF descobriram no total 138 alunos matriculados com certificados do Ilal. A UnB levantou 81 casos — eram 88, mas alguns processos acabaram contabilizados duas vezes — entre os 6.101 candidatos aprovados nos dois vestibulares de 2009. E pediu parecer da Secretaria de Educação do DF sobre a validade das declarações emitidas pelo Ilal e pela Empresa de Pesquisa Ensino e Cultura (Epec), do Rio de Janeiro. Aqueles que forem flagrados têm até 24 de novembro para regularizar a documentação. Depois disso, terão 15 dias para apresentar a defesa.

O Centro Universitário de Brasília (Uniceub) tem 39 estudantes na mesma situação. O Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), 11. E a UDF, sete. Todas as instituições também deram um prazo para que os universitários apresentem documentos com validade perante as autoridades locais de educação. Se isso não ocorrer, centenas deles terão de recomeçar a caminhada ao ensino superior. A começar pela conclusão do ensino médio.

Além das universidades e da Cosine, investigam o caso a Delegacia de Defraudação e Falsificação (DEF), a Promotoria de Defesa da Educação (Proeduc) e o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon). Não se descarta, assim, a possibilidade de serem fechadas as portas das cinco unidades do Ilal no DF. Os proprietários podem ser acusados de estelionato de falsificação de documentos.

ALERTA DO CETEB


A suspeita de fraude praticada pelo Ilal provocou uma corrida ao Centro de Ensino Tecnológico de Brasília (Ceteb), escola do Plano Piloto autorizada pela Secretaria de Educação DF a oferecer supletivo e emitir certificados de conclusão de ensino médio. A diretora do Ceteb, Rosa Pessina, informou que houve um aumento de 15% em relação à média de até 2 mil alunos por ano. “O estudante deve entender que aqui não se compra certificado. Não se sai daqui em menos de dois meses de estudo”, afirmou Rosa, que integra o Conselho de Educação do DF. Ela emitiu ontem alerta aos pais e estudantes para que observem regras básicas na hora de procurar uma escola.

AS IRREGULARIDADES

* O Ilal não tem autorização da Secretaria de Educação do Distrito Federal para oferecer supletivo ou emitir certificados de conclusão de ensino médio. Materiais informativos e pinturas na fachada das unidades da escola, no entanto, atestam documentos com reconhecimento do Ministério da Educação (MEC).

* Pais e estudantes pagaram até R$ 3 mil pelos certificados sem valor. A maioria só descobriu a fraude depois de levantamento realizado pela Coordenação de Supervisão Institucional e Normas de Ensino (Cosine), da Secretaria de Educação do DF, e de denúncia do Correio.

* A escola emite declarações e certificados de alunos supostamente formados pelo programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), em educação a distância. A participação de menores de 18 anos é proibida pela Resolução nº 1/2009 do Conselho de Educação do Distrito Federal.

* Parte dos documentos emitidos pelo Ilal revela o nome de instituições de outros estados. Alguns dos diplomas e históricos escolares, por exemplo, são atestados pela Empresa de Pesquisa, Ensino e Cultura (Epec), do Rio de Janeiro — a entidade acabou descredenciada pelo governo do Rio desde setembro. Além disso, a Secretaria de Educação do DF não reconhece como válidos os supletivos realizados em outras unidades da Federação.

* Os estudantes formados em supletivos feitos não passam por nenhum tipo de aprendizado. Recebem apostilas e, em seguida, fazem algumas provas. Alguns alunos revelaram ao Correio que ligaram para conhecidos para consultar as questões na internet e passar as respostas.

Com Informações do Correio Braziliense.

Universidade faz ação sobre Diabete em Praça

redação Universo Educação

O sábado, 14 de novembro, é o Dia Mundial do Diabetes. Neste dia, o curso de Farmácia da Universidade Anhanguera-Uniderp, realiza a ação de prevenção e controle da doença, das 8 às 15hs, na Praça Ary Coelho.

Na ação, estão envolvidos 16 acadêmicos dos 6º e 8º semestres que vão orientar as pessoas que passarem na Praça Ary Coelho. Segundo a professora Vivianne de Castro, coordenadora do curso, "os acadêmicos vão trazer para a população uma orientação sobre o diabetes, alerta sobre os riscos, como prevenir, como tratar, como levar uma vida com diabetes. É uma doença silenciosa e vamos estimular as pessoas a fazerem o teste de glicemia".

Ainda segundo a professora, a ação é muito importante para inserir os acadêmicos na futura profissão, por meio de uma atividade prática e voltada para o atendimento das pessoas. "A assistência farmacêutica é importantíssima. Essa é uma atividade socializadora", garante Vivianne. A ação será realizada em parceria com rede São Bento.

Diabetes no Brasil - Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a doença atinge 11% dos brasileiros. Os dados compõem um estudo que traçou o perfil da doença no país. A pesquisa ouviu 1.275 diabéticos, entre 18 e 75 anos, em 11.528 domicílios do país. Este levantamento é o mais recente e o realizado em 1988 indicou que a prevalência era de 7,6%.

Vale Universitário vira lei e garante beneficio para Estudantes

redação Universo Educação

Mato Grosso do Sul é um lugar de oportunidades. Oportunidade de trabalho, de novos negócios e de estudo. O governo do Estado prioriza a área social e incentiva a geração de emprego e renda por meio da educação. Os programas de benefício do executivo estadual voltados ao estudo acadêmico, Vale Universidade e Vale Universidade Indígena, proporcionam a 800 jovens sul-matogrossenses a oportunidade de cursar o ensino superior.

Com a intenção de que o benefício seja garantido ao estudante, o governador André Puccinelli e a Assembleia Legislativa transformaram os programas em Lei, que será assinada na próxima segunda-feira (16), às 19h, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, com a participação da secretária de Trabalho e Assistência Social Tania Mara Garib, entre outras autoridades.

O Vale Universidade oferece auxílio financeiro a estudantes matriculados em cursos presenciais, de licenciatura e bacharelado, em universidades públicas e particulares conveniadas de Mato Grosso do Sul. Para participar do programa o acadêmico deve ter renda pessoal, igual ou inferior, a R$ 750,00 ou renda familiar de até R$ 1,8 mil.

Os alunos inseridos no programa, que cursam instituições particulares de ensino, recebem desconto de 70% no valor da mensalidade do curso, sendo 50% subsidiado pelo governo do Estado – o valor não deve ultrapassar um salário mínimo- e 20% oferecido pelas faculdades particulares conveniadas. Já os estudantes de universidades públicas recebem benefício referente a média aritmética em valores de cursos oferecidos pelas instituições particulares.

Este ano, o programa contou com 45 instituições de ensino superior conveniadas em todo o Estado. A partir do ano que vem serão incluídas a Faculdade de Educação de Costa Rica (Fecra) e Faculdades Integradas de Três Lagoas (AEMS).

Prática do estudo

O conhecimento adquirido em sala de aula é colocado em prática com a realização de atividades complementares de 20 horas semanais, cumpridas em jornadas de quatro horas diárias em órgãos e entidades da administração pública estadual, municipal, federal ou organizações não-governamentais (ONGs). A superintendência de Projetos Especiais da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social dá prioridade para que os alunos realizem as atividades na área relacionada ao curso superior freqüentado.

Vale Universidade Indígena

A efetiva atuação da secretária Tania Mara Garib à frente da Secretaria de Trabalho e Assistência Social do Estado, garantiu também a implementação do programa Vale Universidade Indígena, que é voltado aos alunos com descendência indígena matriculados em curso de graduação na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Para pleitear o benefício financeiro, os interessados devem comprovar a origem, mediante apresentação do Registro Nacional Indígena e possuir carteira de Identidade expedida pela Fundação Nacional do Índio (Funai); a família não pode possuir renda superior a três salários mínimos e deve residir no Estado por mais de dois anos.

Com o incentivo, o governo do Estado busca proporcionar uma oportunidade para o jovem universitário aprimorar sua formação profissional e oferecer melhores perspectivas de trabalho e renda.

Proprietário de Universidade na luta na justiça contra Laurete

redação Universo Educação

Quando as faculdades brasileiras entraram na mira de fundos de investimento e de grupos estrangeiros, o empresário Paulo de Paula, dono de uma das maiores universidades particulares do Nordeste, a Universidade Potiguar, foi procurado para se associar à Laureate, uma rede internacional com mais de 500 mil alunos em 20 países e que já controlava a Anhembi Morumbi, em São Paulo. A oferta, segundo o próprio, era tentadora: ele seria o homem da Laureate no País.

Diz que ofereceram-lhe um jato para conhecer as faculdades da rede nos Estados Unidos e um jantar no luxuoso restaurante Fasano, em São Paulo, com um banqueiro de investimento que coordenaria uma eventual oferta pública inicial de ações (IPO) da empresa.

Passados dois anos, a sociedade está ameaçada. Paulo de Paula hoje briga na Justiça para tirar os sócios da Laureate do negócio. Enquanto a decisão não sai, ele recuperou em juízo a cogestão da universidade, o que lhe dá o direito de assinar todos os gastos acima de R$ 5 mil. Procurado pelo Estado, que teve acesso a uma ação que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o empresário diz que se sentiu traído. "Aos poucos, eles foram tomando conta geral. Descumpriram o acordo de acionistas e endividaram as escolas sem a minha autorização", afirma Paulo de Paula, que ainda tem 40% da universidade que ele fundou em 1979.

Pelo acordo de venda, Paulo será obrigado a deixar o negócio até 2012. Um dos temores do empresário é que o aumento do endividamento reduza o valor das suas ações na hora da saída. "Eles não são operadores de escola, têm uma cultura de multinacional. Só com consultoria gastaram R$ 600 mil, o que não condiz com o fôlego da empresa", diz.

Segundo a ação, o estopim da briga se deu há quatro meses, quando Paulo de Paula foi avisado pelo diretor de recursos humanos da Laureate que um diretor-geral seria contratado, esvaziando teoricamente a função do empresário.

Procurada, a direção da Laureate informou, em nota, que as alegações do empresário não procedem e que serão devidamente respondidas na Justiça. Segundo os advogados da instituição no caso, Mauro Sampaio e Sérgio Fagundes, a ação que corre no STJ é derivada de uma inicial que corre em segredo de Justiça no Tribunal do Rio Grande do Norte. "No nosso entendimento, ela também está protegida pelo segredo de Justiça", afirmam eles.

O empresário já propôs aos outros sócios brasileiros da Laureate a criação de uma associação de minoritários. O grupo americano, que tem como controlador um dos maiores fundos de participação em empresas, o KKR, é acionista majoritário da Anhembi Morumbi, em São Paulo, da Business School São Paulo, da UniNorte, em Manaus, da Escola Superior de Administração, Direito e Economia (Esade), em Porto Alegre, da Faculdade dos Guararapes, no Recife, e da Faculdade Unida da Paraíba.

Um dos objetivos, além de fazer com que a Laureate cumpra os acordos de acionistas, é denunciar as práticas que vêm sendo adotadas aos ministérios da Educação e da Justiça e ao Senado, e entrar em contato com sócios e ex-sócios da rede fora do País para saber se há experiências parecidas.

Até aqui, Paulo de Paula é o único que apelou à Justiça. Mas isso não significa que os outros estejam totalmente satisfeitos com a sociedade.

O fundador da Anhembi Morumbi, Gabriel Rodrigues, que ainda tem 49% da universidade, diz que está questionando amigavelmente o atraso na entrega do balanço financeiro da Laureate no Brasil - pela legislação brasileira, o documento deveria ser divulgado até abril deste ano, mas até agora ninguém recebeu. "Com sócio novo, sempre há maneiras diferentes de ver as coisas", diz Rodrigues.

Há 45 dias à frente da Laureate, o executivo Manoel Amorim (ex-Ponto Frio) diz que está tentando resolver a questão do balanço e que o documento deve ser publicado na próxima semana. "O descontentamento procede. Mas o que está errado é atribuir à Laureate a função de fazer o balanço", explica Amorim. "A equipe da Laureate aceitou equivocadamente essa responsabilidade, que deveria ser dos administradores das universidades."

Resultados

Quando venderam a Business School São Paulo para a Laureate, há dois anos, os fundadores acertaram que uma parte do pagamento seria atrelada aos resultados de 2008 e 2009. Até agora, não receberam nada. "Os resultados não foram bons. Não ficamos satisfeitos", diz Maurizio Mancioli, um dos ex-sócios.

Segundo fontes do mercado, o número de alunos caiu abruptamente depois que o MBA da Business School - que antes funcionava em um prédio de luxo numa região empresarial, com ar-condicionado e mensalidade de cerca de R$ 2 mil - foi transferido para o prédio da Anhembi, perdendo assim a sua característica de butique.

Caso Geisy: Advogados querem a lista de ouvidos

redação Universo Educação

Advogados de defesa, da jovem Geisy Arruda pediram à polícia a lista dos alunos, funcionários e professores da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo) ouvidos pela sindicância que resultou a expulsão da estudante.

Segundo o advogado criminalista João Ibaixe, da equipe do Dr. Nehemias Domingos de Melo, a sindicância foi falha e tendenciosa desde o início. "A universidade não seguiu os procedimentos cabíveis. Como, por exemplo, o modelo da sindicância escolhido, que foi de relatório. Além de tudo, a Geisy foi à última a ser ouvida sem direito de defesa", afirma.


Reprodução de TV/Universo Imagem

Geisy Arruda, em entrevista para um programa
de TV



O drama de Geisy Arruda começou no dia 29 de outubro, ao ser hostilizada pelos alunos da Uniban ao usar um vestido curto em sala de aula. A jovem saiu escoltada por policiais militares e com um jaleco comprido emprestado. O tumulto foi gravado por celulares e os vídeos foram postados na internet. Agora eles serão utilizados para apuração do caso.

Segundo os advogados que defendem a estudante, foram sete crimes cometidos: difamação, injúria, ameaça, constrangimento ilegal, cárcere privado (a garota ficou em uma sala até a PM chegar), incitação ao crime e ato obsceno dos alunos. "Todos os boatos de insinuação foram após a publicação da expulsão", completa.

A Uniban publicou em nota oficial a expulsão da jovem no último dia 8, mas logo no dia seguinte recuou da decisão e também voltou atrás na suspensão dos alunos envolvidos no episódio, que não serão punidos. Mesmo após a revogação, a universidade não deixará de ser ouvida pelo MEC (Ministério da Educação), Procon e o Ministério Público de São Paulo, que esperam por explicações.

À volta as aulas da estudante, segundo Ibaixe, só será feita quando medidas necessárias à garantia de segurança pessoal forem obedecidas. "Não só no interior do campus, como também no seu entorno, até um raio de dois quilômetros. Antes da expulsão solicitamos apenas um funcionário para acompanhar a estudante a aula, mas com a proporção do caso após a expulsão, solicitamos um grupo de funcionários".

Ibaixe relata que no dia do episódio apenas três seguranças estavam trabalhando na manifestação. "A segurança foi falha. Se a equipe fosse maior, a situação seria minimizada", comenta. A Uniban decidiu transferir a turma de Turismo para outro prédio do campus.

Espaço da Ciência faz terceiro aulão do Enem neste Sábado

redação Universo Educação

Neste sábado (14), o Espaço Ciência realiza o terceiro Aulão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As inscrições já foram encerradas e a aula acontece no auditório do Espaço Ciência, das 8h às 17h.

O Esquadrão do Conhecimento, equipe de professores do Espaço Ciência, vai comandar o aulão com interatividade, novos assuntos e questões contemplando as quatro áreas do conhecimento: ciências da natureza, ciências humanas, códigos e linguagens e matemática. Os inscritos devem trazer o ticket de inscrição e documento de identificação.

O Esquadrão do Conhecimento é formado por: Maria de Fátima (Português), Kleivson Ricardo (Matemática), Flávia Vasconcelos (Química), Davi Morato (Física), Will Bezerra (Biologia), Douglas Velozo (Astronomia), Eduardo Vieira (História) e Edmário Júnior (Geografia). Mais Informações: (81) 3183-5527.

Ator famoso estrela campanha do Enem 2009

redação Universo Educação

Após o vazamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma campanha do Ministério da Educação (MEC) começou a ser veiculada na TV, nas rádios e na internet. O ator baiano Wagner Moura estrela a campanha publicitária.

As propagandas ficam no ar até a realização da prova, nos dias 5 e 6 de dezembro. A campanha custou R$ 300 mil ao MEC, mas por conta de um convênio com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a veiculação é exibida gratuitamente. Segundo a Agência Estado, o primeiro filme foi gravado em Salvador, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde Wagner estudou.

O ator diz que o Enem é o 'resgate da qualidade da prova', 'o fim da decoreba no vestibular' e representa a democratização do acesso ao ensino superior. Neste ano, a avaliação foi de que era preciso destacar os benefícios depois da fraude que abalou o exame revelada no dia 1º de outubro deste ano.

Sons do "x"

Prof. Pasqueale Cipro Neto

"Chato" é com "x" ou "ch"? Claro, é com "ch", essa todo mundo sabe. E "lixo"? Com "x", sem dúvida, todo mundo sabe disso também. Mas, nessas duas palavras, o "ch" e o "x" têm som de quê? De "x", oras. Afinal, o nome da letra é "xis". Assim, em "chato", as letras "c" e "h" é que, juntas, têm som de "x".

Mas será que a letra "x" tem sempre som de "x"? Nem sempre. Vejamos alguns casos, como o de "máximo". Nessa palavra, o "x" tem som de "ss" (dois esses), como se tivesse sido escrita com "ss": "mássimo".

Agora observe este trecho da canção "Casa", gravada por Lulu Santos:

... Depois era um vício
uma intoxicação
me corroendo as veias
me arrasando pelo chão.
Mas sempre tinha a cama pronta
e rango no fogão...

O "x" de "intoxicação" deve ser pronunciado como se fosse um "c" e um "s" juntos. Ou, como no alfabeto fonético, um /k/ e um /s/ juntos, formando o encontro consonantal /ks/. A palavra "intoxicação" deve, portanto, ser pronunciada como "intoksicação".

Vamos a mais um exemplo, tomado à canção "Pense dance", gravada pelo Barão Vermelho:

Penso como vai minha vida
alimento todos os desejos
exorcizo as minhas fantasias
todo mundo tem um pouco de medo da vida...

Você notou o uso do verbo "exorcizar". É até uma palavra difícil de pronunciar. O "x" nessa palavra tem o mesmo som que nas palavras "exame" e "êxodo", por exemplo. Nesse caso, o "x" aparece com som de "z".

E há ainda mais um caso de som possível que a letra "x" pode indicar: em palavras como "excesso", em que o "x" é seguido de "c", o som é um só, como se fosse "ss" (dois esses). Ou seja, foneticamente, "x" e "c" juntos produzem um som só, são um "dígrafo".

Em suma, vimos cinco tipos de som que o "x" pode apontar:

lixo - som de "x"
ximo - som de "ss"
intoxicação - som de "ks"
exorcizar - som de "z"
excesso - som de "ss"





No ar desde agosto de 1994, o programa trata, sem preciosismos, das dificuldades lingüísticas que enfrentamos ao falar o nosso idioma. O prof. Pasquale Cipro Neto examina filmes publicitários, letras de músicas, poemas, HQ, depoimentos de personalidades e populares, artigos da imprensa, programas de TV e o que mais seja de nossa expressão lingüística. Consulte aqui a íntegra dos módulos, organizados segundo critérios da gramática