quarta-feira, 26 de maio de 2010

Lei obriga toda escola a ter uma Biblioteca

do Universo Educação

Um lei publicada na edição "Diário Oficial da União" obriga todas instituições públicas e privadas de ensino do país a terem uma biblioteca, cabendo às escolas adaptar o acervo conforme as necessidades e promover a divulgação, preservação e o funcionamento dos espaços.

A Lei 1.244/2010 determina ainda que toda escola tenha um acervo de pelo menos um livro por aluno matriculado.

As escolas terão até dez anos para instalar os espaços destinados aos livros, material videográfico, documentos para consulta, pesquisa e leitura.

"Sob", "sobre"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



"Sob nova direção". Lemos comumente essa frase em faixas de postos, bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. Algumas vezes o que está escrito, no entanto, é: "Sobre nova direção". E agora?

Nós fomos às ruas perguntar qual a forma correta:

"O posto está sob nova direção ou sobre nova direção?"

O resultado foi animador: das seis pessoas entrevistadas, cinco acertaram. Responderam "O posto está sob nova direção".

Sob = embaixo
Sobre = em cima

Se você coloca o livro sobre a mesa, você está colocando o livro em cima da mesa. Se você coloca o livro sob a mesa, ele, então, ficará embaixo da mesa. "Sob" e "sobre", portanto, têm significados opostos.

Vejamos uma canção em que essas preposições aparecem. Chama-se "A mesma praça", de Paulo Miklos:

Sou do chão negro asfalto
da avenida São João
Sob o escuro manto fumaça
sombra do minhocão
Sob o céu cinzento de
São Paulo insano e mau
Brasileiro cuspido dos canhões
na Hungria cigano e bárbaro
bastardo dos portugueses
mouro feroz e bárbaro
desorientado dos beijos de
línguas e lugares embaralhados
Da rua Apa quando desaba
a Barra Funda dos prostíbulos
de toneladas de poeira e fuligem
sobre a poesia
Judeu de disfarce católico
ateu crente no candomblé
de todas as fugas e enfrentamentos
continuo de pé.

Paulo Miklos utiliza as duas expressões com consciência, e a diferença fica bem clara. É simples, não? Basta apenas um pouco de atenção para não confundir as duas palavras.

Ordinais, cardinais: "Essa mulher é dez"

PROF. PASQUALE CIRPO NETO



Na vida escolar, todos nós um dia aprendemos os numerais, aquela classe de palavras que trata dos números. "Um, dois, três..." são os cardinais, que indicam quantidade. "Primeiro, segundo, terceiro..." são os ordinais, que indicam ordem. Depois temos "dobro, triplo, quádruplo...", que são os multiplicativos. Temos ainda "um meio, um terço, um quarto...", que são os fracionários.

Os numerais podem adquirir maior expressividade quando assumem outras funções gramaticais.

Vamos a um trecho da canção "Corações a mil", gravada pela cantora Marina Lima:

Minhas ambições são dez
dez corações de uma vez
pra eu poder me apaixonar
dez vezes a cada dia
setenta a cada semana
trezentas a cada mês...

A letra diz: "Essa mulher é dez". Por que "dez"? Porque vem de "nota dez", a nota máxima. O numeral deixa de ter valor numérico e passa a ter valor de adjetivo.

No verso "minhas ambições são dez", podemos ter um duplo sentido. Elas são "dez" porque são maravilhosas, são valiosas. Ou são mesmo dez ambições.

Em seguida, Gilberto Gil (autor da letra) começa a fazer contas na letra da música: se são dez vezes por dia, são setenta em uma semana e trezentas em um mês. É mesmo um modo criativo de utilizar os numerais, reforçando o exagero para mostrar a força da idéia. A começar pela letra da música, "Corações a mil". Nós usamos muito essa expressão, "hoje estou a mil", ou seja, "estou a mil por hora", "estou com o gás todo."

Lula sansiona lei de sala aula em presidios

do Universo Educação

Uma lei publicada no Diário Oficial da União autoriza a instalação de salas de aula em presídios. A norma sancionada pelo presidente Lula altera a chamada Lei de Execução Penal (7.210/1984) para permitir que sejam instaladas salas destinadas à realização de cursos do ensino básico e profissionalizante.

A mudança foi proposta no Projeto de Lei 217/06, do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Segundo o senador, o preso brasileiro não pode ser privado do direito básico à educação. Na justificativa da proposta, o ex-ministro da Educação do governo Lula diz que a construção das salas de aula são um primeiro passo para combater o analfabetismo no sistema carcerário. Mas ressalta que o esforço não pode parar por aí.

Em MG, Professores da rede estadual de ensino suspendem greve por 48 dias

do Universo Educação

Os servidores estaduais da educação de Minas Gerais decidiram suspender, a greve que começou no dia 8 de abril. De acordo com a assessoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), a decisão passa a vigorar a partir do momento em que a Secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, assinar o termo de acordo criado na reunião dessa segunda-feira.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) tinha deferido o pedido feito pelo estado e autorizou a adoção de medidas que considerar necessárias para que seja normalizada a prestação do serviço público de educação.

Representantes do governo do estado e diretores do Sind-UTE se reuniram na Assembleia Legislativa e criaram um documento para colocar fim à greve. Entre os pontos do termo estão a realização de um estudo para incorporar vantagens e gratificações ao salário base dos servidores e o pagamento dos dias parados em uma folha complementar que será emitida no próximo mês.

''Não haverá obrigatoriedade para Enem dos professores'', afirma deputado

do Universo Educação

O Exame Nacional para Ingresso na Carreira Docente, instituído pelo Ministério da Educação, não deverá ter caráter obrigatório, conforme declarou hoje o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT-MS), relator do projeto na Comissão de Educação e Cultura da Câmara. “Ainda esta semana darei meu parecer sobre o projeto”, revelou o deputado, que acredita não ser necessário tornar a prova obrigatória, pois isto poderia causar um entrave na formação e contratação de novos professores.

“Esta será mais uma ferramenta de avaliação do candidato à professor da rede pública, como já o é hoje, por exemplo, a prova de títulos”, disse Biffi. Por este motivo, o deputado acredita que os professores se motivarão a realizar o exame, já que a nota poderá ser usada como um dos critérios de escolha, conforme determinação de cada Secretaria de Educação. “O MEC está apenas colocando esta prova como uma etapa classificatória para ingressar na carreira. Não existe a possibilidade do Exame para Ingresso na Carreira Docente substituir o concurso público”, declarou Biffi, sobre a preocupação da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), expressa pelo seu presidente Jaime Teixeira. O deputado também concorda com a posição do presidente do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Geraldo Gonçalves, de que o Exame não servirá para melhorar a qualidade do ensino nas salas de aula: “o que realmente falta para que esta melhoria aconteça efetivamente é uma capacitação e acompanhamento permanentes dos professores”, finalizou Biffi.

O deputado lembrou ainda que o ministério colocou os detalhes deste projeto sob consulta popular até 02 de julho, para depois regulamentar o processo.