terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Laboratório começa a produção de Celulas-Tronco

redação Universo Educação

26 Especialistas em células-tronco embrionárias trabalham no primeiro centro de estudos dedicado ao tema do País, inaugurado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Eles vão produzir essas células em grande escala para pesquisa, distribuição gratuita para laboratórios credenciados e, no futuro, aplicação terapêutica.

"Aqui serão produzidas as linhagens brasileiras de células-tronco, numa parceria entre UFRJ e Universidade de São Paulo (USP). A inauguração desse centro leva o Brasil ao seleto grupo de cinco países no mundo capazes de dominar e trabalhar com essa tecnologia", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na inauguração do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (Lance).

Ele ressaltou a importância de o laboratório de pesquisa estar em um hospital universitário. "É o que chamamos de pesquisa translacional: conhecimento aplicado na beira do leito, transformado em tecnologia prática, não conhecimento abstrato pelo conhecimento. É a garantia que temos de que o estudo vai ter utilização prática."

O Lance recebeu investimento de R$ 4 milhões e ocupa área de 250 metros quadrados. Trabalhará com três linhas de pesquisa - a produção de célula-tronco embrionária em escala; estudo da diferenciação neural (processo pelo qual a célula se transforma em neurônio) e uso de células-tronco embrionárias e células-tronco pluripotentes induzidas (obtidas de células adultas e capazes de se diferenciar) no tratamento da doença de Parkinson.

O trabalho é feito em parceria com a USP, que também terá uma unidade do Lance. As células-tronco embrionárias são produzidas em São Paulo e seguem para o Rio, que tem tecnologia para multiplicá-las. "O País está numa posição avançada em relação às pesquisas com células-tronco. Um centro como esse permitirá não só a produção e distribuição das células como também a formação de pessoal, o que é muito importante para a continuidade das pesquisas", afirmou o neurocientista Stevens Rehen, coordenador do Lance no Rio.

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