sexta-feira, 9 de abril de 2010

Escolas Estaduais sem professor

redação Universo Educação

Algumas escolas estaduais da cidade estão sem professor desde fevereiro. Turmas de Ensino Médio, quando os alunos já estão em preparação para o vestibular, chegaram a ficar sem professor em matérias essenciais, como Química e Física. A coordenadora Regional de Educação do Médio Paraíba II, Gilma Silvério Ribeiro, diz que o problema já está sendo resolvido. Ela prometeu que as vagas para professores das matérias básicas serão preenchidas até o final da próxima semana.

''Tenho uma menina estudiosa, boa, e quando olho o caderno dela não tem nada. Perguntei o que havia acontecido e ela disse que desde o começo das aulas está assim. Eles ficam muito sem conteúdo, prejudica mesmo. Já pensou: aí passa o ano inteiro e não tem nada'', preocupou-se a doméstica Eli de Fátima Santos, cuja filha dela está no segundo ano do Ensino Médio no Ciep 484 Toninho Marques.

"Estou sem professor nas matérias de Projeto, Química, nem me lembro mais", revelou a menina. O irmão, que está no sexto ano do Ensino Fundamental (antiga sétima série) no Colégio Estadual Piauí passa pela mesma situação. "Meus dois filhos estão sem professor. É evidente que prejudica a educação deles", lamentou a mãe.

A coordenadora Gilma disse que o problema se deve aos resultados do último concurso do estado, realizado no final de 2009.

''Teve o concurso, mas os aprovados não foram suficientes. Os que passaram já estão escolhendo as escolas em que querem ficar e até o final da semana acredito que já teremos o quadro completo. Nossa dificuldade mesmo é encontrar profissionais para as matérias de Filosofia e Sociologia'', argumentou Gilma.

A coordenadora explicou que acredita ter o problema resolvido em breve porque a distribuição de profissionais já começou. "Na quarta-feira já consegui alocar 34 professores de Português entre as 52 escolas da minha região - que compreende Volta Redonda, Barra Mansa e Rio Claro", observou. Sobre as críticas quanto à falta de conteúdo, Gilma discordou.

''Os alunos não estão sem atividades, os diretores estão trabalhando nos horários das matérias faltantes. Mas assim que fecharmos o quadro de professores, promoveremos uma compensação. Apesar de o primeiro bimestre fechar em abril, os alunos não serão prejudicados'', apontou ela.

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