quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ministério da Educação corta curso de medicina

do Universo Educação

O Ministério da Educação determinou, a suspensão de 570 vagas de cursos particulares de medicina. Oito deles tiveram que reduzir a oferta de vagas e um deles, o da Universidade Iguaçu, em Nova Iguaçu, foi fechado.

A determinação aconteceu porque todos esses cursos obtiveram resultado insatisfatório em avaliações do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) ou na visita da comissão de especialistas formada pelo Ministério.

A Universidade Iguaçu foi fechada por não ter cumprido o prazo de dois meses para melhorar a qualidade da oferta de ensino. A comissão, que é presidida pelo ex-ministro da Saúde Adib Jatene visa acabar com o problema da má qualidade de cursos de medicina, que, segundo ele, é “antigo e crônico”. “Em outras carreiras, um profissional incompetente não consegue. Mas na medicina isso é diferente porque faltam médicos, isso não há dúvida. Mas não queremos médicos formados de qualquer jeito”, apontou.

As universidades de Marília, Severino Sombra e Iguaçu (campus Itaperuna) estavam com os vestibulares suspensos por determinação do MEC. Como cumpriram parcialmente as medidas de saneamento, elas foram reautorizadas a admitir novos alunos, mas tiveram que reduzir o número de vagas.

Veja as Instituições que tiveram a redução das Vagas

- Universidade de Marília (São Paulo, menos 50 vagas);
- Universidade Severino Sombra (Rio de Janeiro, menos 80 vagas);
- Universidade Iguaçu (campus Itaperuna, Rio de Janeiro, menos 140 vagas);
- Faculdades Integradas Aparício Carvalho (Rondônia, menos 40 vagas);
- Faculdade São Lucas (Rondônia, menos 60 vagas).
- Centro Universitário de Volta Redonda (RJ), da Faculdade de Medicina do Planalto Central (DF) e da Universidade de Ribeirão Preto (SP): foi aberto um processo para redução de vagas, mas ainda não há definição sobre o número.

Supervisão

O processo de supervisão dos cursos de medicina teve início em 2007. Os cursos com notas 1 e 2 no Enade, consideradas baixas, sofreram medidas cautelares como suspensão de vestibular ou corte de vagas. Todas as instituições tiveram um prazo para promover as mudanças necessárias e em seguida foram visitadas pela comissão de especialistas.

Após a visita da comissão nas instituições, o principal problema detectado foi a falta de campo de treinamento. Faltam hospitais para que os alunos possam fazer a residência nos últimos anos do curso. “Você não ensina informática sem computador nem medicina sem os doentes”, explicou Jatene.

Atualmente, 27 instituições aguardam parecer do MEC para abrir graduações em medicina.

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