quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Material Escolar: Os materiais varia até 607%

redação Universo Educação

Para os pais, o mês de janeiro é sinônimo de maratona em livrarias para garantir o material escolar dos filhos. Mas, toda atenção na hora de ir às compras é essencial. Isto porque o consumidor desatento pode acabar pagando mais. Pesquisa realizada pelo Procon Fortaleza alerta que variações de preço nas livrarias chegam a 607% (no caso de um simples conjunto com seis canetas hidrográficas, que pode ser adquirido de R$ 0,99 a R$ 7,00). Entretanto, vale observar que estes produtos são de marcas diferentes.

Em seguida, aparece o papel verniz, com a mesma qualidade, porém, sofrendo uma variação de 277% em seu valor (indo de R$ 2,99 a R$ 6,40. Outro item que registra larga diferença de preço é a tesoura escolar. O produto de mesma marca pode ser encontrado até 114% mais caro. A pesquisa do Procon aponta que a menor diferença de preço (1%), é da caixa de giz de cera, de mesma marca. Já a resma do papel ofício 9 não sofreu nenhuma variação de preço. Para o titular do Procon Fortaleza, João Ricardo Vieira, a realização de pesquisas é um dos principais serviços do órgão. "Através dessa ação, realizada pelo Setor de Educação do Procon Fortaleza, colaboramos para que o consumidor se endivide menos e também economize o seu tempo na procura pelo menor preço", esclarece Vieira.

Cartilha

Além da lista, o órgão de proteção e defesa do consumidor também disponibiliza em seu site (
www.fortaleza.ce.gov.br/procon), uma cartilha contendo informações sobre os cuidados que os consumidores devem ter ao assinar o contrato da matrícula escolar. A cartilha orienta como funcionam os cálculos da anuidade escolar.

Para economizar, além da tradicional pesquisa de preços em papelarias, depósitos, lojas de departamento, sites e até supermercados, o Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) também sugere algumas outras orientações aos pais.

"Faça um balanço do que restou do período anterior verificando a possibilidade de reaproveitamento. Leia com atenção a lista que a escola pede. Veja se a quantidade é realmente adequada ou se a escola esta pedindo algo fora do normal e questione a direção sobre isto", diz o presidente do Ibedec, José Geraldo Tardin. "Também não é preciso comprar todo material escolar no inicio do ano, os pais podem combinar com a escola e adquirir apenas os produtos a ser utilizados no 1º semestre.

Outra dica é organizar grupos de pais que, juntos, poderão discutir a possibilidade com os fornecedores de descontos ainda maiores", completa o advogado. Tardin reforça ainda que os pais devem sempre exigir a nota fiscal com os artigos discriminados. Recuse quando for relacionado apenas o código do produto pois isso, posteriormente, dificultará sua identificação. Os pais devem ficar de olho nas embalagens de materiais como colas, tintas, pincéis atômicos e fita adesiva. Elas devem conter informações claras e precisas a respeito do fabricante, origem, instruções de uso, grau de toxidade, na língua portuguesa.

Coibindo abusos

O Ibedec ressalta que a escola só pode exigir material didático de uso individual. Portaria do Ministério da Educação e Cultura (MEC) proíbe a solicitação de materiais de uso coletivo, material de higiene - incluindo papel higiênico, material de limpeza - ou taxas para suprir despesas com água, luz e telefone. Todos estes custos já estão incluídos no valor da mensalidade.

Notas fiscais

Exija e guarde as notas fiscais dos produtos comprados. Havendo problemas com cadernos, livros, mochilas e outras mercadorias, mesmo que sejam produtos importados, o consumidor tem como reclamar: 30 dias para produtos não duráveis e 90 dias para os duráveis.

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