sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Caso Geisy: Advogados querem a lista de ouvidos

redação Universo Educação

Advogados de defesa, da jovem Geisy Arruda pediram à polícia a lista dos alunos, funcionários e professores da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo) ouvidos pela sindicância que resultou a expulsão da estudante.

Segundo o advogado criminalista João Ibaixe, da equipe do Dr. Nehemias Domingos de Melo, a sindicância foi falha e tendenciosa desde o início. "A universidade não seguiu os procedimentos cabíveis. Como, por exemplo, o modelo da sindicância escolhido, que foi de relatório. Além de tudo, a Geisy foi à última a ser ouvida sem direito de defesa", afirma.


Reprodução de TV/Universo Imagem

Geisy Arruda, em entrevista para um programa
de TV



O drama de Geisy Arruda começou no dia 29 de outubro, ao ser hostilizada pelos alunos da Uniban ao usar um vestido curto em sala de aula. A jovem saiu escoltada por policiais militares e com um jaleco comprido emprestado. O tumulto foi gravado por celulares e os vídeos foram postados na internet. Agora eles serão utilizados para apuração do caso.

Segundo os advogados que defendem a estudante, foram sete crimes cometidos: difamação, injúria, ameaça, constrangimento ilegal, cárcere privado (a garota ficou em uma sala até a PM chegar), incitação ao crime e ato obsceno dos alunos. "Todos os boatos de insinuação foram após a publicação da expulsão", completa.

A Uniban publicou em nota oficial a expulsão da jovem no último dia 8, mas logo no dia seguinte recuou da decisão e também voltou atrás na suspensão dos alunos envolvidos no episódio, que não serão punidos. Mesmo após a revogação, a universidade não deixará de ser ouvida pelo MEC (Ministério da Educação), Procon e o Ministério Público de São Paulo, que esperam por explicações.

À volta as aulas da estudante, segundo Ibaixe, só será feita quando medidas necessárias à garantia de segurança pessoal forem obedecidas. "Não só no interior do campus, como também no seu entorno, até um raio de dois quilômetros. Antes da expulsão solicitamos apenas um funcionário para acompanhar a estudante a aula, mas com a proporção do caso após a expulsão, solicitamos um grupo de funcionários".

Ibaixe relata que no dia do episódio apenas três seguranças estavam trabalhando na manifestação. "A segurança foi falha. Se a equipe fosse maior, a situação seria minimizada", comenta. A Uniban decidiu transferir a turma de Turismo para outro prédio do campus.

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